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Espiritismo Redivivo

terça-feira, 23 de junho de 2009

O MEDO ATORMENTA

O MEDO ATORMENTA

A palavra medo é uma derivação latina de metu que representa um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror. O jornal O Povo em sua edição de 25 de maio de 2009, traz como manchete principal a violência urbana com inserção da frase: “crianças expostas ao medo”. Diríamos de antemão que não só as crianças estão expostas ao medo, mas toda a população do Estado e quiçá do Brasil. “O entendimento de que existe gente disposta a fazer mal a outra, cada vez mais cedo e de forma mais dramática ao universo das crianças, o matutino epigrafado inicia uma série mostrando histórias de crianças que crescem sob a influência da violência urbana, um trauma que atinge pais e filhos”.

“Numa sociedade cada vez mais assustada, o diálogo e o apoio continuam sendo a melhor saída”. Sobre a designação da palavra medo encontramos no dicionário do Aurélio as seguintes conotações: “a medo, timidamente, hesitantemente; não ter medo de careta(s), não se amedrontar com ameaças. Pelar-se de medo, ter um medo que se péla, ter medo da própria sombra, assustar-se ou apavorar-se por qualquer motivo, ter medo excessivo; pelar-se de medo. Infelizmente nós seres humanos estamos inseridos neste teatro do medo. Ele apavora, consterna causas depressões e a velha síndrome do pânico e o real é que muita gente não quer mais sair de dentro de casa como receio da violência.

É uma situação que devemos enfrentar, pois nem dentro de casa temos a segurança necessária. Referindo-nos a uma indagação sobre a maioridade das crianças tivemos que responder o que achávamos e num piscar de olhos tivemos a ideia e colocamos o nosso pensamento a respeito do caso. Uma indagação difícil para uma resposta inteligente. A partir de qual idade o menor deve responder por seus atos? Partindo-se da premissa que a sociedade é egoísta, materialista e que não leva em conta o amor, a caridade e o perdão, esta trindade se inserida nos lares com certeza a qualidade de vida seria muito melhor e o comportamento humano mais agradável. Os pais e a família têm papel preponderante na educação desses jovens.

Por que os menores matam? Além do ócio, da falta de cuidado de determinadas famílias, dos aproveitadores, dos responsáveis pela pobreza e pela miséria, estes seres estão totalmente esquecidos pelos órgãos responsáveis pela educação. A Constituição Brasileira é rasgada pisoteada todos os dias, enquanto o ápice da pirâmide cresce, a base se multiplica. A disparidade social no Brasil é geênica demais. Até nas escolas os intrusos fazem o que querem e ninguém de sã consciência toma providências. A situação do Brasil é dolorosa e preocupante. Precisamos urgentemente de uma reforma íntima em todos os sentidos. A realidade é que o homem esqueceu que Deus existe, esqueceu daquele que veio pregar o amor e paz e foi crucificado. As religiões aderiram ao capitalismo e estão perdendo suas finalidades. A única solução seria espiritualizar o homem, mostrar-lhe que a vida é importante, e que sem amor ninguém vive, e ele dever ser compartilhado. No Brasil tudo pode, é o País do Tudo e do Nada.

Dizem que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança não acreditamos, pois Deus é divino é partidário do amor e o ser humano está longe disto, e além do mais não quer assimilar o amor, nem respeitar seu semelhante. Como medida urgente ou como solução paliativa seria de bom alvitre a retirada das ruas de todos menores e adolescentes infratores. Dá-lhes a educação para uma vida melhor. O ser humano pode ser educado em três fases: de zero a sete anos, dos sete aos 14 e dos 14 aos vinte e um anos. O menor de idade deveria passar por um teste psicológico para se saber o seu grau de inteligência ou assimilação ou de periculosidade, mas isto não acontece nas escolas. Um ser humano a partir dos 14 anos já sabe tranquilamente o que quer da vida. Se ele mata sabe que tirou uma vida e deve responder por isso. Vejam que há milênios as meninas casavam muito novas, no desabrochar dos seus 14 ou 15 anos.

Sou a favor da maioridade aos 14 ou em última hipótese aos 16 anos, visto que a consciência já está bem formada e se o cometimento de uma falta grave não receber a punição devida à situação da violência não sofrerá solução de continuidade. O menor infrator de um jeito ou de outro deve responder por seus crimes. Em outros países, principalmente os de primeiro mundo, menores são punidos exemplarmente por suas faltas. Aqui isto não acontece porque muitas famílias de grande posse, de médio também não querem passar por dissabores de ver suas crias num reformatório pagando pelos pecados que cometidos. Deem a educação que as crianças merecem e a situação em nosso país se reverterá. O problema crucial é que as autoridades ainda não mediram como deviam as consequências que uma família passa por ter um ente querido retirado do seio familiar vitimado por atos inconcebíveis praticados por menores desocupados.

Menores infratores que na maioria das vezes agem sob o efeito de droga, principalmente o crack, deveriam ter uma assistência maior por parte dos órgãos responsáveis pela criança e adolescente. O governo de São Paulo diz que a lição vem da escola. Governo paulista indica e depois recolhe livro obsceno, colocando em dúvida critérios de seleção. A Secretaria de Educação deste estado recolheu o livro “dez na área, um na banheira e ninguém no Gol” que estava na lista de leitura complementar para os estudantes da terceira série do ensino fundamental – crianças de nove anos, em média. A decisão foi tomada porque descobriram que a publicação reforça estereótipos, usa palavrões e faz referencias à sexualidade e ao tráfico de drogas. Pode Freud? Vêm o governo com a desculpa que à distribuição foi pequena, apenas 1.216 cópias.

Já no mês de março de 2009, outra falha grave – 500 mil cópias de uma cartilha circulavam com um mapa da América Latina sem o Equador e com dois Paraguais. Quem seria o culpado por esta horrenda atitude governador José Serra? Os professores, diretores, secretários de Educação do município e do Estado que aprovaram e adotaram este tipo de revista. Cabe ao governo adotar providências e descobrir a origem desta imoralidade. A verdade ninguém quer aceitar a educação de antigamente por ser mais rigorosa não tinha o viés da violência que tem hoje. Os menores eram mais pacatos, as brincadeiras mais saudáveis. Com o aumento da tecnologia novos aparatos foram colocados a disposição da gurizada. Jogos violentos, gibis, seriados televisivos violentos, uso indevido da internet, o aumento do consumo do álcool, a expansão da pornografia são vetores negativos que contribuíram para a atual situação e ainda vem o Código de Defesa da Infância e da Adolescência para acabar com o meio que os pais dispunham a força educacional. A força educacional não está relacionada ao exagero nem a violência e sim ao respeito, e é de bom alvitre usar esta força e ter filhos educados, do que afrouxar a guarda e lamentar a deseducação dos mesmos tornando-os presas fáceis aos indutores da violência, da desgraça e da perdição humana. Pensem Nisso!


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE

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Antonio Paiva Rodrigues

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