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Espiritismo Redivivo

terça-feira, 23 de junho de 2009

EUTANÁSIA

EUTANÁSIA

Alguém sabe o significado desta palavra? Uns sim, outros não. A palavra epigrafada está em moda nos dias atuais e há quem queira regulamentar a sua prática. A curiosidade aumentou? Não! Sim ou talvez? Como toda palavra da nossa língua a eutanásia não poderia fugir à regra. Eutanásia nada mais é do que uma morte serena, sem sofrimento, mas sua prática no Brasil, não tem amparo legal, mesmo sendo uma atitude que vise abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável. Embora o étimo grego (derivação grega étymon, e do latim etymon-Vocábulo que constitui a origem de outro), venha a postular a “eutanasia”, mas seu uso consagrou “eutanásia” no português do Brasil. Sabias? O primeiro País a regularizar a eutanásia, como nação foi à Holanda, aliás, neste país muitas nuanças proibidas em outras nações, lá são legais.

Alguns costumam chamar de morte digna. Na realidade a eutanásia é a prática, sem amparo legal como afirmamos antes, pela qual se busca abreviar, sem sofrimento, sem dor, a vida de um paciente com doença reconhecidamente incurável. Mesmo através deste diapasão não temos o direito de tirar a vida de ninguém, mesmo nas condições contadas, pois seremos considerados criminosos por lei, e estaremos sujeitos a sanções previstas no Código Penal brasileiro. A desculpa para esta prática geralmente é proporcionar uma morte serena e sem sofrimento ao enfermo, mas a Doutrina Espírita a condena, pois que mesmo estando o corpo a sofrer, o Espírito aprende, reconsidera, reformula, medita, resgata velhas dívidas com a Lei. (Dicionário de Filosofia Espírita de L.Palhano Jr). Cada um deve partir do mundo no momento exato do término de suas provas e expiações, a abreviação delas pode causar ao Espírito transtornos de difícil reposição. É condenável aquele que pratica a eutanásia. Mesmo com a regulamentação humana através de Projetos de Leis, o ser hominal que a pratica estará amparado, mas não se eximirá de culpa quando adentrar ao mundo espiritual.

Pegando um gancho no livro de Bioética (Uma contribuição Espírita) de Francisco Cajazeiras, no capítulo 03 – Anatomia da Eutanásia Legalizada, pag. 24 extraímos o seguinte detalhe: “Em novembro de 1997, o jornalista Brian Eads publicou matéria na conceituada revista “Seleções (Reader’s Digest)”, em que abordava a eutanásia naquele país (Holanda). Ali, vamos encontrar os seguintes dados estatísticos: Eutanásia Voluntária 3.600 casos/ Eutanásia Involuntária (Aumento da dose de medicamentos pelos médicos) 1.900 casos/ Não classificados como Eutanásia ou Auxílio ao Suicídio 900 casos/Recém – nascidos incapacitados 15 casos. Some-se a esta estatística 40% das desencarnações dos pacientes mentalmente incapacitados, acontecerem após a decisão de seus médicos em suspender seu tratamento, aumentar a dose de drogas analgésicas ou mesmo administra-lhes substância letal. Queremos afirmar que o livro em alusão é muito bom e traz assuntos polêmicos da atualidade. Recomendamos a leitura.

O paciente pode ficar as expensas do médico e também de sua lealdade, mas diante da estatística supracitada, o risco que corre o paciente é muito grande, visto que a imperfeição não tem nacionalidade, nem pátria especifica. Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que haja soado a hora derradeira. A ciência não se terá enganado em suas previsões? Sabemos existir casos que se podem, com razão, considerarem desesperadores; mas se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo a vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Diante deste fato, essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que o espírito poderá fazer nas convulsões de agonia e quantos tormentos lhe podem poupar um relâmpago de arrependimento. (Espiritismo de (A) a (Z).

O Espiritismo desde os tempos de antanho vem estudando estes casos polêmicos e de difícil definição, pois o Espírito é o controlador substancial da Matéria a que a ele pertence neste mundo material. Depois da estagnação biológica começa o desprendimento do Perispírito e pode ser lento ou mais rápido, dependo de vários fatores espirituais. A pressa sendo a inimiga da imperfeição, pode levar o Espírito a um estado de perturbação provocando transtornos sem proporções durante a sua liberação do corpo físico. A eutanásia em suma, é sempre uma forma de homicídio, pelo qual seus autores responderão no porvir, em grau compatível com as suas causas determinantes. Aqui estará sob as penas da lei humana e lá sob as sanções espirituais. O homem não tem direito de praticar a eutanásia, em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja.

A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser um bem, como uma válvula de escoamento das imperfeições do Espírito em marcha para a sublime aquisição de seus patrimônios da vida imortal. Além do mais, os desígnios divinos são insondáveis e a ciência precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito, pois somente ele pode tomar a decisão final e para isso o Espírito está em constante evolução e as reencarnações sucessivas são o único caminho para torná-lo ou dotá-lo desse poder de evoluir, visto que o Espírito não retrograda. A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Morrer é renascer, volver a matéria à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. É o começo de outra vida mais feliz. Poderíamos citar inúmeras sinonímias para a morte, mas não haveria necessidade, visto que a morte é a transformação, segundo os desígnios de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. Antes a morte física só completava seu ciclo após a válvula propulsora ter deixado de bater. Hoje as coisas mudaram, com a “morte cerebral”, mesmo com o coração batendo os órgãos são doados com autorização da família é claro, mas como o ser humano é infalível quem pode garantir que aquele corpo com o coração batendo e sem sinais de vida cerebral a morte tenha se concretizado.

Os erros médicos estão aí e nenhum ser humano independente da profissão que exerce pode ser infalível. Nós consideramos a morte cerebral uma precipitação médica, pois enquanto existir um átomo que esteja ligado ao perispírito à morte não se consumou. A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une o corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. Se a válvula propulsora bate sempre haverá uma esperança, mesmo que mínima. Um caso muito polêmico sobre a morte está narrado na Bíblia onde Lázaro é dado como morto e sepultado, mas Lázaro não estava morto, apenas dormia como disse o Mestre Jesus, pois estava acometido de um estado grave de letargia. Neste estado pode levar um profissional de medicina a dar um diagnóstico precipitado.

Normalmente os médicos não conseguem decifrar se o corpo tem vida ou se a morte se concretizou. Existem casos de letargia que as extremidades começam a necrosar causando mau cheiro como aconteceu a Lázaro quando Jesus mandou abrir o túmulo. Um assunto que poderemos debater a posterióri é sobre a clonagem. Já que se pensa em clonar o ser humano, mas de bom alvitre seria que os cientistas conseguissem clonar órgãos, aí então esta celeuma da doação acabaria com final “feliz”. Convém salientar que muitas famílias durante a exumação de cadáveres para dar espaço no túmulo para outro ser sepultado, a pasmacidade toma conta dos presentes, visto que o corpo foi sepultado numa posição e no decorrer da exumação os restos mortais estão em posição diferente. O que dizer quando estes casos acontecem? Pensem Nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI – DA ALOMERCE E DA AOUVIR/CE

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Antonio Paiva Rodrigues

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