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Espiritismo Redivivo

sábado, 27 de outubro de 2007

A BUSCA PELA PAZ

A BUSCA PELA PAZ

“ Conflitos!... Perturbações!... Quanta gente se aniquila!... Amigo, a felicidade é a consciência tranqüila. ( Cornélio Pires).

Fortaleza sedia o Fórum Espiritual que incentiva a busca pela paz. Realizado até o próximo domingo, dia 28/10/2007, o 2º. Fórum Espiritual Mundial tem como tema “Em busca de uma cultura de paz”. Entre os assuntos debatidos estão ecologia, espiritualidade e direitos humanos. Queria lembrar aos patrocinadores desse evento a importância do fórum para a população cearense, brasileira e mundial, visto que citado conclave está voltado para a busca da paz. Queria ressaltar a atividade do nosso confrade Clóvis Nunes, baiano de nascimento, que também patrocina a “caminhada pela paz”. Lançou recentemente um livro intitulado “Educação pela Paz”, um guia para os pais, professores e todos os estudantes da vida. Espírita praticante defendeu a doutrina que professa das acusações deletérias do padre Quevedo. “Citado padre tinha um programa na rede Globo de Televisão intitulado: O Caçador de Enigmas”. Venceu e convenceu, mostrando com todas as nuances que a parapsicologia do padre estava ultrapassada no tempo e espaço. O amor e a paz devem ir além da vida. Desta ida guarda meu sorriso, apenas. Não queirais nos céus nuvens de tuas lágrimas, não rasguem do teu livro aquelas páginas nas quais tu registraste nossas cenas. ( Maurício de Melo Passos – São Paulo).

Nos dias atuais onde a violência e a falta de amor predominam, a paz é a palavra mais usada, acrescida do amor, da caridade e do perdão. Todos nós sabemos que Jesus Cristo o único Espírito Puro a pisar o orbe terrestre não criou nenhuma seita e religião, mas uma multidão de seguidores denominados de cristãos. Daí oriunda o nome cristianismo. Ensinou-nos a oração mais bonita da face da Terra, o Pai Nosso. Somos criados por Deus simples e “ignorantes” e além do mais - imperfeitos. Estamos aqui na Terra para evoluirmos, pois habitamos um mundo de prova e expiações a caminho de um mundo de regenerações. Não entendemos o porquê das picuinhas existentes entre determinadas religiões, sendo no momento uma competição desumana e cruel às vezes, visto que a primazia principal é o vil metal. Não entendemos porque a Doutrina Espírita sempre foi espezinhada pela maioria das religiões existentes no Brasil. Um senhor de nome Manoel Jacinto Coelho afirma que sua obra - “Universo em desencanto”, é o fruto da imunização racional.

Nela estão expostos, da forma mais simples e clara, todos os conhecimentos da formação do mundo e dos seres que habitam; os esclarecimentos da origem de tudo, do antes de ser tudo, o que era, e como chegou a ser o que é pela degeneração e deformação da natureza. Não é um conhecimento extraído do saber deste mundo, e sim, a verdade das verdades, ditado pelo Racional Superior, entidade da Planície Racional através de seu representante, o mesmo: Manoel Jacinto Coelho. Não se contentando com seu orgulho e mania de grande ainda ataca violentamente a Doutrina Espírita, codificada na França por Allan Kardec tendo como ponto inicial o Livro dos Espíritos, lançado em 18 de abril de 1857. Vejam o pensamento e o desconhecimento da Doutrina Espírita pelo “magnífico” Manoel. Primeiro: classifica o Espiritismo em três ramificações, quando só existe uma. Baixo espiritismo onde citado senhor discrimina os irmãos de crença e sabemos que discriminação é crime, inclui na doutrina o Candomblé, a Bruxaria, o Ocultismo, a Quibamba ou Macumba, a Umbanda como se seu Universo em desencanto fosse melhor do que citadas seitas religiosas. O Espiritismo voltado para bruxaria e o Espiritismo Kardecista. A nomenclatura kardecista não é usada pelos espíritas e espiritistas, e sim Doutrina Espírita ou simplesmente espiritismo. Outra acusação que mostra falta de conhecimento e desrespeito: “O Espiritismo remota aos tempos mais antigos da Humanidade.

Dele tomamos conhecimento através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela esta em confronto com a Palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos que não seguiam aos ensinos dados por Deus - eram usuários deste costume. Foi para que os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles que Moisés falou: "Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações." "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, - nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;" "Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador - nem mágico nem quem consulte os mortos;" "Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." (Dt 18:9 a 12). O espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está enraizada em quase todas as religiões, principalmente naquelas relacionadas com a Nova Era. O espiritismo é o mais antigo engano religioso que já surgiu. Porém, em sua versão moderna, começou no século XIX, ou pouco antes. Sem comentários essa ignomínia. Confundir Espiritismo com mediunidade é passar por neófito em espiritualidade. Moisés proibiu a prática da mediunidade por ser um dom Divino e os que a possuíam estavam ganhando dinheiro com a prática da profetização.

Quem fala assim acusa o próprio Jesus Cristo quando da transfiguração no Monte Tabor conversa com os Espíritos de Moisés e Elias na presença de Pedro, Thiago e João. Vejam as contradições: “Divisões do Espiritismo no Brasil: O Espiritismo Kardecista pode ser chamado de espiritismo ortodoxo. Aquele que está filiado à Federação Espírita Brasileira e para quem Allan Kardec é considerado o Mestre Divino. É o maior grupo. A Legião da Boa Vontade - O nome do fundador completo é Alziro Elias Davi Abraão Zarur e nasceu aos 25 de dezembro de 1914, de pais sírios, que eram católicos ortodoxos. Considerava-se ele a reencarnação de Allan Kardec como declara no livro “Jesus – A Saga de Alziro Zarur”. Não crê que Cristo tivesse corpo real e humano, seguindo a linha de pensamento de João Batista Roustaing. Racionalismo Cristão Fundado em 1910, por Luiz de Mattos. Luiz José de Mattos nasceu em Portugal (Traz os Montes em 3 de janeiro de 1860). É panteísta e fala de Deus como O Grande Foco, Inteligência Universal. Possui templos suntuosos em várias regiões de São Paulo. Cultura Racional - Fundada por Manoel Jacintho Coelho, em 1935, no Rio de Janeiro (Meyer), idéia mais divulgada a partir de 1970, quando alcançou fama nacional. Aceita a metempsicose (retorno do espírito do morto a seres inferiores). Umbanda-Seita afro-brasileira que é divulgada mais como folclore do que como religião, embora advogue esta última condição. Formada pelo sincretismo de cultos afros, ameríndios e catolicismo europeu trazido pelos portugueses. Declara-se com o objetivo de desfazer os males invocados pela Quimbanda através de Exus. Evoca, diferindo do espiritismo kardecista, os Orixás, seres elementares da natureza, mas evoca também os espíritos dos pretos velhos; e caboclos, que são segundo eles, os espíritos dos índios mortos.

Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento - Fundado em 1909 pelo Senhor - Antônio Olívio Rodrigues. Possuem espalhados pelo Brasil milhares de tattwas ou centros. Aceita a doutrina reencarnacionista. Ordem Rosacruz-Com suas várias organizações como: AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis). A fraternidade segue uma tradição mística egípcia. Alega ser originária - do reinado de - Amenhotep IV, imperador egípcio no ano de 1353 a.C., mais conhecido como Akhenaton. A Fraternidade Rosacruz de Max Heindel, a FRC (Fraternidade Rosae Crucis) de Clymer. A FRA (Fraternitas Rosacruciana Antíqua) de Krummheller ou a Igreja Gnóstica e a Ordem Cabalística da Rosacruz (Igreja Expectante do Sr. Léo Alvarez Costet de Mascheville). Finalmente, dizem eles, poderíamos agrupar aqui as sociedades teosóficas, as seitas orientais japonesas como: Seicho-No-Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Perfect Liberty. Seitas orientais provindas do hinduísmo, como movimento Hare Krishna, Meditação Transcendental, e outras. Todas elas são adeptas do reencarnacionismo. Extraído da Série Apologética do ICP. Vejam a idiotice: a própria Cultura racional dividida pelos universianos do desencanto inserida como Espiritismo. Nada a comentar. Prega também o retorno ao lugar de origem de todos - a Planície Racional, o nosso mundo de origem de onde todos vieram e para onde todos vão como vieram e como vão. A salvação do animal Racional só pode ser feita pelo mundo de sua origem, o Mundo Racional, e mais ninguém. Esta é a descoberta dos dois mundos: o elétrico e magnético em que habitamos e o da Planície Racional, de onde saímos e que deu conseqüência a este em que vivemos. Com a leitura assídua deste conhecimento, adquire-se a Vidência Racional e o vivente verá a Planície racional, o lugar de origem de todos. ( Segundo eles).

A propósito vejamos: “No fim de sua vida Allan Kardec, como lemos em suas Obras Póstumas, via com profunda inquietação o problema da unidade do Espiritismo. Muita embora a preocupação do codificador do espiritismo para que esse sistema religioso se tornasse uma unidade, existem atualmente várias divisões no espiritismo. As principais divisões que se estabeleceram no Brasil são: 1. O Espiritismo Kardecista; 2. O Espiritismo Racionalista; 3. O Espiritismo Umbandista. Pois bem, a organização religiosa intitulada CULTURA RACIONAL faz parte do espiritismo racionalista. No livro UNIVERSO EM DESENCANTO, um livro de perguntas e respostas de Cultura Racional na p.31 encontrou a seguinte pergunta e resposta: “Onde nasceu a Cultura Racional”? – Nasceu - no antigo Distrito Federal, em 1935, no Méier na Rua Lopes Cruz, 89 em um centro espírita que se chamava “Tenda Espírita Francisco de Assis”que o Presidente da entidade é o Aparelho do RACIONAL SUPERIOR.” Essa expressão “Racional Superior” é pouco conhecida. Pôr isso o citado livro trás o sentido dessa expressão: “Trata-se de nada mais nada menos do que o próprio fundador dessa organização que se intitula “Cultura Racional” o Sr. Manoel Jacintho Coelho. Não é nada modesto o Sr. Manoel Jacintho Coelho sobre si mesmo. Os adeptos da Cultura Racional como não podiam deixar de ser, usam a Bíblia como pretexto, dado que a Bíblia é confiável e assim fazem suas interpretações bíblicas particulares para apoiar suas afirmações. E com base na Bíblia procuram admitem a crença na vida de Jesus. Mas não é o Jesus da Bíblia. É outro Jesus. E assim declaram no folheto “Anuncia a Bíblia, a vinda do Messias”: “As profecias da Bíblia confirmando agora a vinda do Racional Superior, o verdadeiro Deus”. E desta forma, está confirmada a profecia bíblica de que Deus está na terra e o verdadeiro Deus é um Ser de nossa origem racional - o Racional Superior. Os tempos são chegados, porque a humanidade já estava em grande adiantamento para sua completa destruição, e na Bíblia diz que no fim dos tempos viria a terra o Salvador em forma de homem.

E aí está confirmado mais um trecho, dos mais importantes da Bíblia, no Apocalipse, segundo São João. “Diz mais: “Para que eles profetizaram até as coisas mais insignificantes da forma humana do Mestre, dizendo até como seriam os seus pés”. Dizendo até que toda a humanidade teria uma marca na palma das mãos, que é o “M”que todos têm nas palmas das mãos. Queremos dizer este “M”: O MESSIAS, que é o Manoel J. “Coelho.” Aí está com citações tiradas dos próprios documentos publicados pela Cultura Racional: O Sr.Manoel Jacintho Coelho não é nada menos do que Jesus Cristo. Senhores enquanto sofremos com a miséria no mundo, com a corrupção desenfreada, tráfico de drogas, falta de amor e paz, caridade, fraternidade surge - de algum lugar um desconhecido querendo assumir a identidade de Deus ou de seu Filho Jesus Cristo. Inadmissível.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ACADÊMICO DA ALOMERCE E MEMBRO DA ACI

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Animismo e Mediunismo

Animismo e Mediunismo

Antonio Paiva Rodrigues

“É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. É costume de um sábio queixar-se de si mesmo”.
(Sócrates).

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.

Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Participa da primeira, porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las. Participa da segunda, por não ser esse ensino privilégio de individuo algum, mas ministrado a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e o livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega, porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio às ilações e aplicações. Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser, divina a sua origem e da iniciativa dos espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.

O título acima epigrafado trata de duas palavras que confundem os menos esclarecidos, em termos de doutrina espírita, e, principalmente, aqueles que se dão ao hábito de praticar a mediunidade, sem ter estudado o bastante, para exercer tamanha responsabilidade e se dar ao mister de dialogar com os espíritos desencarnados e deles receberem ensinamentos, como também praticar a psicografia, e outras atribuições que a prática mediúnica lhes proporcionam. É uma responsabilidade muito grande e para os que agem assim, se faz necessários que estudem com bastante relevância o Livro dos Médiuns, para como se diz no dito popular: “Ficar no mato sem cachorro”. A palavra (anímico) deriva do latim anima,-ae=sopro, emanação, ar; daí= Alma como princípio vital, vida. Espírito que escapa do corpo após o passamento. Anímico é tudo aquilo que é relativo ao animismo. E o que seria Animismo? Neologismo para significar que a alma do médium pode comunicar-se com a de qualquer outro, pois, se há certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de espírito. Na prática espírita, trata-se de um estado de transe, no qual quem opera, produzindo fenômenos psíquicos e mesmo de efeitos físicos, é o Espírito do próprio encarnado e não um Espírito desencarnado, pois neste caso seria mediunismo e não animismo. Desde que há dissociação psíquica e o espírito de uma pessoa emancipa-se, mesmo que seja parcialmente, ele pode produzir os mesmos fenômenos produzidos pelos espíritos que se comunicam através de médiuns. Os fenômenos espíritas são de duas naturezas: Anímicos e mediúnicos.

Pelo enunciado e pelo que entendemos a prática mediúnica requer muito conhecimento, pois pelo visto, existem muitos médiuns anímicos mesmo dentro da doutrina, principalmente aqueles que não se dão, ao respeito e não procuram fazer curso e estudar com afinco O Livro dos Médiuns. Fenômenos psíquicos inconscientes se produzidos fora dos limites da esfera corpórea do médium, ou extramediúnicos (Transmissão do pensamento, telepatia, telecinesia, movimentos de objetos sem contato, materialização).

Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico; os elementos da personalidade transpõem os limites do corpo e manifestam-se, a distância, por efeitos não somente psíquicos, porém ainda físicos e mesmos plásticos, e indo até à plena exteriorização ou objetivação, provando por esse meio que um elemento psíquico pode ser, não somente um simples fenômeno de consciência, mais ainda um centro de força substancial pensante e organizadora, podendo também, por conseguinte , organizar temporariamente um simulacro de órgão, visível ou invisível, e produzindo efeitos físicos.

Pela importância, e magnitude da mediunidade, o que deve existir de comunicações anímicos espalhadas por este mundo espírita não está escrito, e principalmente se houver mistificação e fascinação. A Palavra animismo pode designar todos os fenômenos intelectuais ou físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano, e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo. Saindo do mundo anímico e entremos no mediunismo, iremos notar o que representa a mediunidade para o espírita. Mas precisamente o mediunismo Aksakof propõe à compreensão todos os fenômenos ordinariamente chamados espíritas. Tal denominação tem a vantagem de aplicar-se exclusivamente à explicação dos fenômenos. O mediunismo é um campo de trabalho onde podem florescer, sob inspiração de Jesus, as mais sublimes expressões de fraternidade. Um meio que se serve deus para auxiliar a humanidade em seu esforço evolutivo. Elo de luz entre a Terra e o Céu, o mediunismo superior possibilita o encontro, cada vez mais acentuado, do pensamento humano, com as esferas invisíveis nobres, de onde se originam as melhores expressões evolutivas. O mesmo Alexander Aksakof, em meados de 1890, empregou o termo mediumnismus, traduzido para o francês mediumnisme, e para o português mediunismo, para designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não significa que haja prática de espiritismo propriamente dito, visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo, ele apenas a estuda e a pratica de modo científico, sem superstições, crendices ou sincretismo religioso.Pelo que foi exposto aqui nesta matéria dá para se ter uma idéia fiel, e a responsabilidade que temos na prática da mediunidade. O Livro dos espíritos está ai, ao alcance de todos, não adianta precipitação, pois pode ser prejudicial e trazer graves conseqüências para quem a pratica, principalmente por curiosidade. Ao encerrar queria terminar com esta passagem de Allan Kardec: “Para as coisas novas necessitam –se palavras novas, assim o quer a clareza da linguagem para evitar a confusão inseparável do sentido múltiplo dos mesmos vocábulos”

(Allan Kardec- Livro dos Espíritos-Introdução,I.).

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR-JORNALISMO-GESTOR DE EMPRESAS.

Um assunto polêmico em discussão

Um assunto polêmico em discussão

Antonio Paiva Rodrigues

“Não lastimes a ocorrência na qual compadeces na condição de vítima.Não chores a propriedade de que te despojaram. Não reclames a jóia que alguém te furtou. Nada perdeste. O Senhor apenas permitiu que te arrebatassem hoje os motivos para as grandes provações que te conturbariam a existência nas trilhas de amanhã”.
(EMMANUEL).

A Lei do artigo testamento está personificada em Moisés, a do novo testamento em Jesus Cristo. O espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificada em ninguém, porque ele é o ponto de ensinamento dado, não por um homem, mas pelos espíritos, que são as vozes do céu em toda parte da terra e por inumerável multidão de intermináveis. Da mesma maneira que disse Cristo. Eu não venho, destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento.

O reino de Jesus não é deste mundo. O orgulho me perdeu sobre a terra. Os mundos superiores e inferiores, essa classificação dos mundos é antes relativa do que absoluta, pois o mundo é inferior ou superior em relação aos que se acham abaixo ou acima dele, na escala progressiva. Cuidado com os falsos profetas eles podem desvirtuar os caminhos e levá-lo a acreditar em coisas que não são os desígnios de Deus.

Fora da caridade não há salvação. Espíritos são seres inteligentes da criação eles povoam o universo além do mundo material a palavra espírito é aqui empregada para designar os seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente universal. Se os espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, mas pelo contrário, são suas criações, submetidas as suas vontades. É permanente a criação de espíritos, Deus jamais cessou de criá-los. Temos corpo, perispírito e alma.

Existem diversos tipos de espíritos, eles admitem geralmente três categorias principais ou três divisões. Na última, aquela que se encontra na base da escala; estão espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela proporção ao mal. Aí podemos colocar a figura de Satanás. É de bom alvitre que nunca devemos chamar este nome, devemos substituí-lo por inimigo. Jesus Cristo é um espírito de luz. Existem também os perturbadores, zombeteiros, impuros (aqueles incluídos ao mal e fazem objetos de sua preocupação), para conseguirmos a vida eterna precisamos amar a Deus, ter muita fé, praticar o bem sem olhar a quem, caridade e aceitar os seus ensinamentos, amar ao próximo como a nós mesmos. Devemos ser mais maleáveis.

Deus colocou no mundo outros seres, seria muita pretensão de nossa parte afirmar que só existe vida na terra. Existe o mundo dos espíritos, lá eles estão sempre a receber ensinamentos do pai celestial. A morte não é o fim e sim uma conseqüência natural da vida. Se todos tivessem certeza absoluta de que a outra vida fosse melhor do que esta, com certeza todos queriam sair de imediato para lá, até nessa concepção Deus foi perfeito. Católicos, protestantes, evangélicos, espíritas nosso querido Deus é um só. Todos “ tememos” e o amamos, procuremos seguir seus ensinamentos e deixar de lado esta criancice em afirmar que uma religião é melhor do que a outra. Roguemos para que tenhamos uma vida melhor. Acabem a violência, a miséria, a fome e as doenças. Queria dizer ao senhor Humberto Ferreira Oriá Filho que só existe reencarnação se existir matéria, em Gênesis Deus disse: tu vieste do pó e ao pó voltarás, onde está a matéria, caro companheiro.

A doutrina espírita nunca foi contraditória e absurda, será que V. Sa esqueceu-se da inquisição, onde foram mortos muitos inocentes, procure ler sobre os Essênios, Jesus Cristo pertencia a esta seita, junto aos Nazarenos e Nazaristas. Em 1215 São Domingos de Gusmão mandou matar 60.000 mouros, judeus e protestantes por se oporem a rezar o terço e por sua ação “heróica” foi canonizado e tornou-se santo. Não critique uma doutrina que está voltada para o bem e a maioria de seus adeptos é gente modesta. O novo testamento foi escrito a mais de um século depois da morte de Jesus Cristo, será que não existe contradição, será que São Mateus São Marcos, São João, São Lucas ainda estavam vivos? Se quiseres forneço mais detalhes. Vamos pedir ao nosso bom Deus compreensão e que não guardemos rancor de ninguém.

Publicado no jornal o Povo -Jornal do Leitor dia 12/03/00-Antonio Paiva Rodrigues.

A Violência na Visão Espiritual

A Violência na Visão Espiritual

Antonio Paiva Rodrigues

“A palavra é metade de quem a pronuncia, metade de quem ouve”
(Michel Montaigne).

Não opomos dúvida alguma em alongar-nos sobre o futuro de nosso País, mas só poderemos fazê-lo até o limite permitido pelos nossos maiorais. Isto é, pelos nossos chefes e cabeças do poder, que só pensam em se locupletarem. Os que ditam normas tomam decisões, praticam as mais diversas barbáries contra a maioria da população indefesa que, sem saber a quem recorrer, sofrem os dissabores da vida, impostos pelos Espíritos incultos que só se preocupam em aumentar seus patrimônios de qualquer maneira, esquecendo-se das conseqüências que as classes menos favorecidas sofrerão.

Com atitudes gananciosas, a tendência natural será a fome como resultante e o aumento desordenado da violência. O lastro etnológico do Brasil foi preenchido por um residual humano inferior, isto é, por desterrados, criminosos indesejáveis, piratas, vândalos e escórias das mais diversas.

Muitos políticos falazes e corruptos não passariam de reles vigaristas ou ladrões vulgares, caso não lhes houvesse ocorrido o acidente de se guindarem à administração ou ao poder público. Aliás, é mais perdoável perante Deus o ladrão que arrisca a sua vida e a do outrem, para roubar um rádio, relógio ou galináceo, do que o governante ou político, que furta detrás da escrivaninha munido de caneta-tinteiro em vez de gazua, e ainda protegido pelas imunidades do cargo!

É preferível o vigarista que engana o otário ambicioso ao homem público a zombar de milhares de eleitores aliciados para elegerem vereador, deputado, prefeito, senador, governador ou presidente.

Infelizmente, na esfera política do mundo alimentada por partido, doutrinas e sistemas específicos a grupos afins, indivíduos que seriam problemas de polícia na pobreza, encontram clima favorável na administração pública para exercitar com sucesso a sua habilidade delinqüente. O déspota, o tirano em geral, é um produto do ressentimento ou da frustração contra o mundo! Mediocridade é a palavra correta. Existem soluções? Sim.

Excelentes políticos ainda estão no poder basta que eles exerçam a cidadania, criando empregos, educação para a população carente, acabando a impunidade e investindo cem por cento no social. Aliás, temos um sociólogo no poder, hoje um operário. Acabando essas chagas, a situação se reverterá. Com certeza.

Homenagem às crianças

Homenagem às crianças

Antonio Paiva Rodrigues

“A tua bondade, o teu amor, a tua misericórdia estarão comigo por toda minha vida. E eu habitarei na casa do Senhor por dias sem-fim.”

Queria nesta singela matéria homenagear todas as crianças deste grandioso Brasil. Crianças ricas, pobres e de classe média. As crianças de rua, que se encontram totalmente abandonadas dos pais, das autoridades, e, para auxiliarem no sustento de suas famílias, muitas vezes chegam a se prostituir enveredando no caminho das drogas e da criminalidade.

O O governo acha-se perdido, e em conseqüência natural dessa situação caótica aumenta o número de analfabetos, visto que, muitas crianças encontram-se fora da escola, tanto na capital, como no interior do Estado.

O que se fala por aí em educação é pura demagogia. Esquecem que os meios de comunicação também mostram o lado negativo dos governos, por se tratar de matérias de interesse da população e não são matérias pagas.

Queria ilustrar esta humilde homenagem citando a figura de um menino, que foi entregue ao templo para sua educação e final desempenho da sua sublime missão. Falo de Jesus Cristo que durante sua ausência, dos 12 aos 30 anos, dezoito anos em que a Bíblia nada relata a seu respeito. Justamente, este tempo omisso dos livros sagrados, estudiosos, exegetas afirmam que ele esteve estudando, se aprofundando na vida através do conhecimento.

Aprendeu matemática, e medicina e com o excelente aprendizado tornou-se professor. Aprendeu com os Essênios, Budistas e com os tibetanos e o maior tempo de sua ausência passou na Índia. Autoridades deste Brasil varonil invista nas crianças carentes que são as mais necessitadas, pois delas e de todas depende o futuro de nossa nação. Deixai vir a mim as criancinhas, já dizia Cristo.

Aos dez de idade e portador de um Q. I acima de 200 (o Q. I médio é de 100), o menino americano Michael Kearney é o mais jovem diplomado do mundo num curso universitário.

O fato só se tornou público um mês após ter se formado em Antropologia da Universidade de Alabama Nos Estados Unidos da América. Isto vem corroborar que investir na educação das crianças é uma atribuição obrigatória dos Governos. Não esqueçam os Estatutos da Criança e do Adolescente. Este é um bom prato para os Direitos Humanos destrinçar.

Parabéns crianças de meu Ceará e de meu Brasil, que Deus ilumine os fracos e oprimidos, vocês pertencem a esta classe. Jesus adorava crianças, são espíritos em formação, são espíritos que ainda não se desenvolveram, e isso só se dará com o passar do tempo. A criança até os sete anos de idade poderá ser educada bem, e com consciência. Dos sete, aos quatorze anos, fase da pré-adolescência já dificulta um pouco.

Por isso devemos moldar nossos filhos da melhor maneira possível, conscientizá-lo, fazer com que ele saiba distinguir o bem do mal, incentivá-lo ao ensino das religiões, como se portar dentro e fora de casa evangelizá-lo, evitar más companhias, não deixar que ele fique só por muito tempo, incentivar e incutir em sua memória que respeitar os outros é essencial, não abandonar os estudos e estar sempre voltado para Deus e Jesus Cristo. O lazer também é importantíssimo, desde que seja saudável e que tenha um bom relacionamento.

Deus na sua bondade nunca esquece das crianças, elas começam cedo a sua mediunidade, por isso é notório observarmos crianças conversando sozinhas como se estivessem conversando naturalmente com outras pessoas. São seus coleginhas desencarnados. O grande Francisco de Paula Cândido Xavier, aflorou em alto grau sua mediunidade aos quatro anos de idade.

Um amigo, um irmão de ideal Espírita

Um amigo, um irmão de ideal Espírita

Antonio Paiva Rodrigues

Sr. Editor,

“Abençoa em oração àqueles companheiros que te deixaram, acreditando que se afastam da fé. Envia-lhes os teus melhores pensamentos, mas não te aflijas. È possível estejam eles convencidos de que estão fugindo de Deus, entretanto, Deus jamais fugirá deles”.
(Emmanuel)

Caminhando, num andar ligeiro, bem compassado, cheguei ao destino que esperava. Depois embarquei num barco e fui navegar pelas ondas tortuosas, tenebrosas e vivificantes, encontrei por intermédio das vibrações positivas que estava recebendo, o endereço de uma pessoa maravilhosa, de um carisma fora do comum, simples, atencioso, conhecedor profundo da doutrina espírita, mantemos um pequeno dialogo e continuei minha viagem pelas ondas da internet, já que tinha uma missão muito especial para executar.

Pensei comigo mesmo, será que as coisas acontecem por acaso? Imediatamente respondi a minha própria pergunta: Não. Deus o grande Pai, amado, querido, bondoso nos colocou em sintonia; eu e o Amílcar Filho.

Fico imaginando como Deus é bom, na minha luta dentro do movimento espírita fui encontrar um amigo e irmão verdadeiro nas plagas da terra da garoa, mas precisamente, em Guarulhos. Mantivemos muitos contatos e ficamos amigos, mesmo sem nos conhecermos pessoalmente. Não é, que, tudo que procurei na minha terra natal, me engajando de corpo e alma, na doutrina mais maravilhosa do mundo, não encontrei guarida.

Recebi muitas mensagens deste irmão mais conhecido no meio espírita como Amílcar Del Chiaro Filho, ainda hoje estou recebendo as benesses que Jesus me concedeu em ter um amigo que publica minhas matérias em seu site, e não coloca cara feia.

É uma doçura de pessoa. Ah se todos irmãos que professam a doutrina espírita tivesse a hombridade moral que este ser iluminado tem. Queria também fazer justiça, aqui na terra de José de Alencar, a loira e desposada do sol, conheci uma irmã finlandesa, radicada há vários anos no Ceará que me tem dado um apoio enorme, seu nome Saara Nousiainem, que dispensa comentários.

Nascido em Catalão, Estado de Goiás em 16 de abril de 1935, registrado em Jardinópolis São Paulo em 1944, para ser internado no então asilo Colônia Cocais, em Casa Branca-SP. Em 1936 seus pais mudaram-se para Araguari-MG.No inicio da década de 1940, duas das suas irmãs foram internadas em Cocais e 1944 foi a sua vez.

Ficou no Asilo Colônia até junho de 1948, sendo transferido, juntamente com todas as crianças do asilo, para o Sanatório Padre Bento, em Gopoúva-Guarulhos-SP. Recebeu alta hospitalar em 1951 e foi morar em Tupaciguara-MG, voltando para são Paulo um ano depois.

Trabalhou, como metalúrgico, alguns anos e por seqüelas da hanseníase teve que se afastar da profissão. Iniciou-se no Espiritismo em 1954, freqüentando o Centro Espírita Nova Era -de São Paulo.

Em 1959 assumiu a presidência da Sociedade Espírita Discípulos do Evangelho, dentro do antigo Sanatório Padre Bento. Hoje é Presidente do Grupo de estudos e Pesquisas Espíritas Herculano Pires de saudosa memória, em Guarulhos é muito requisitado para palestras.

Participou da instalação da União Municipal Espírita em Guarulhos, em 1976, ocupando a sua presidência, cargo que ocuparia novamente em várias gestões.

Tornou-se radialista em 1977, com a criação do Programa Sol Nas Almas, na rádio Boa-Nova, Emissora da Fundação Espírita André Luiz, trabalhando na produção e apresentação de inúmeros programas espíritas e não espíritas.

Recebeu o Título de cidadão Guarulhense, Câmara Municipal de Guarulhos em 1982.

Não tem formação escolar, tendo estudado até a quarta série do Antigo Grupo Escolar. Hoje é articulista de vários periódicos Espíritas do Brasil, inclusive, de Araguari-MG. Este currículo é de uma pessoa simples que não esconde nada e mostra a sua simplicidade, quando afirma que não tem formação escolar, mais tem muita experiência de vida, que também é importante.

De posse de um currículo dessa envergadura só posso me orgulhar do irmão que não o conheço pessoalmente, mas que mora em meu coração. Admiro pessoas simples, eu também me julgo assim, só que, muitas vezes sou incompreendido e cognominado de polêmico, de querer aparecer, e de criar casos. Meu Deus perdoe, eles não sabem o que dizem. Sou tão natural que às vezes penso que não sou eu que estou ali conversando com meus familiares e amigos da Faculdade.

Reencarnação e ressurreição

Reencarnação e ressurreição

Antonio Paiva Rodrigues

“Os verdadeiros caminhos que o Espiritismo abre são os do conhecimento espiritual, ensejando a reforma íntima e o progresso”.

Assunto bastante discutido e estudado nos dias atuais. Seu significado é simples e de fácil assimilação, pois significa voltar à carne, tornar a nascer. Equivale a renascimento. Usa-se outro termo: palingenesia (ou palingênese) que etimologicamente provém do grego: palin=de novo, e gignomai=gerar, isto é, novo nascimento. Esta é uma das mais usadas definições, pois não traz complicações para o entendimento por pessoas simples, e por pessoas de grande padrão intelectual.

Na questão 166 do Livro dos espíritos, Kardec faz a seguinte indagação aos Espíritos: A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, como acaba de depurar-se? E os Espíritos respondem: Submetendo-se à prova de uma nova existência. No mesmo questionamento letra A, vem à indagação: Como ela realiza nova existência ? Pela sua transformação como Espírito? Ao se depurar, a alma sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso necessita da prova da vida corpórea. No item B: A alma tem muitas existências corpóreas? Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem manter-vos na ignorância em que eles mesmos se encontram; esse é o seu desejo. No item C, parece resultar, desse principio, que após ter deixado o corpo à alma toma outro. Dito de outra maneira, que ela se reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender? É evidente. Já no questionamento 167. Vem a seguinte indagação: Qual a finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?

Nas questões 168, 169, 170, 171 você poderá ter mais algumas explicações dadas pelos Espíritos a Kardec quando da Codificação ou elaboração da primeira obra da Doutrina Espírita.

Algumas pessoas menos esclarecidas perguntam: “A Reencarnação destroe a família”. Para quem exercita o raciocínio, às vezes a paciência, questionando acerca da lógica da doutrina reencarnacionista, eis mais uma interrogação a que nos submetem com freqüência relativa: Se para a doutrina espírita não existe a morte, já que continuamos a viver sem o envoltório carnal, fatalmente nos encontraremos após o desencarne com nossos parentes. A pluralidade de existência tão bem explícita no Livro dos espíritos, Porém alguém de mente fértil pode auferir certa indagação com o sentido de menosprezo, ou teste de capacidade aos espiritistas, Considerando a pluralidade das existências, teremos a esdrúxula situação de nos depararmo-nos no mundo espiritual com a presença de dezenas de esposas, mães, pais, e centenas de filhos. Perder-se-ia o sentido da família.

Primeiro temos que chamar a atenção para o fato de que as ligações a nível reprodutivo são adequadas ao mundo físico onde a máxima “crescei e multiplicai-vos” depende fundamentalmente da diferenciação de sexos e do intercâmbio sexual entre as criaturas encarnadas. A conceituação de família a nível espiritual não se prende ao convencionalismo civil nem tampouco a reprodução das espécies, mesmo porque os espíritos não baseiam suas afeições em moldes e necessidades idênticas aos terráqueos. O rótulo de parentesco nada significa quando não há semelhança energética. Poderíamos ir mais além, mas temos a afirmar que as ligações familiares não sofrem destruição alguma com a Reencarnação, como alguns inquisidores possam supor, pelo contrário, verificaremos que as mesmas tornam-se mais autênticas e duradouras.

No mundo extrafísico, os espíritos constituem famílias interligadas pelo amor e pela simpatia. Parentes que se estimam, atesta ligações pretéritas, uma tendência natural de reencarnação no mesmo meio familiar. Faz muito tempo, que a reencarnação era considerada por uns como um dogma, por outros como uma forma de crença supersticiosa antiga e sem apoio nos fatos. Entretanto, a partir da segunda metade do século passado, estudos sérios têm sido empreendidos, por vários cientistas (estes estudos redundaram em confirmações plausíveis, que os diga o Doutor Yan Stevenson), visando investigar até que ponto a reencarnação pode ser comparada ou considerada uma ilusão ou uma realidade. Os resultados obtidos após rigorosos inquéritos feitos em milhares de casos que sugerem reencarnação estão dando decisivo apoio à crença nesta.

Não tardará muito para a reencarnação ser reconhecida como uma lei biológica, á qual todos os seres vivos se acham submetidos. Podemos aqui citar o caso do Doutor Bryan Weiss, médico norte-americano que através da terapia hipnótica em sua paciente de nome Elizabeth, ter se conscientizado que a reencarnação realmente existe.

Como afirma o nosso Confrade Hernani Guimarães Andrade em seu livro “Você e a Reencarnação”, além da pesquisa de casos de crianças com memória reencarnatória, há outras fontes de evidencia que dá apoio á hipótese da reencarnação. São numerosas as circunstâncias que podem provocar o despertamento de lembranças completas ou fragmentárias, de episódios vividos em encarnações passadas (Pág 63).

Enfim é mais fácil e mais conveniente se colocar um Espírito num corpo já formado através da fecundação, do que pegar o pó e reconstituí-lo e mesmo assim será um ser sem vida e para ficar durinho, terá que passar pelo processo de aquecimento a altas temperaturas.

Enfim, a doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas; é a única que corresponde á idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmarem as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam. Dogma de, praticamente, de todas as religiões antigas, cada qual com sua versão, a reencarnação vem a ser elevada a condição de Lei Universal pelo Espiritismo, como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das muitas vidas corpóreas sucessivas que um espírito necessita para aprender e aperfeiçoar-se , tanto na terra como em outros planetas habitados do Universo.

Saindo da reencarnação e passando para ressurreição veremos a brutal diferença entre as duas palavras. Ressurreição vem do latim (resurrectione), no seio do povo hebreu (também no gregoanastasis) a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma pessoa considerada morta era chamada ressurreição; a aparição de um Espírito também era chamada ressurreição; o mesmo acontecendo com a possibilidade de um indivíduo nascer de novo pela reencarnação. Existe a conotação escatológica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo, mas também nisso os teólogos estão enganados.

A tão falada ressurreição dos mortos não é mais do que a vulgarização da comunicabilidade dos espíritos pela mediunidade, como ocorre nos dias de hoje, quando os Espíritos se comunicam por todo mundo, e a Doutrina espírita está para tudo explicar. A palavra ressuscitar é fazer voltar à vida; ressurgir, quando um médico consegue através de massagens cardíacas ou através de aparelhos trazer novamente a vida o corpo chama-se na linguagem médica ressuscitação. Dogma dos Judeus antigos e de algumas correntes cristãs pela qual , no final dos tempos , os despojos de todos os corpos humanos, já dispersos e reduzidos a pó, seriam novamente reunidos para a reconstituição daqueles corpos , e novamente unidos substancialmente às respectivas almas para o julgamento final de deus.” Ressuscitar e ressurreição” (Jesus) sempre as empregou, figuradamente, num sentido oculto aos homens e em acepções diversas, conforme aos lugares, aos casos, às circunstancias ; conforme se tratava de uma morte aparente, ou de dar um ensino.

Nunca porém, as empregou no sentido que os homens as atribuíam, de acordo com o estado de suas inteligências, com as suas impressões, tradições e preconceitos, no da volta ao do Espírito a um cadáver, a uma podridão, depois de ocorrida à morte real. O caso de Lázaro, Jesus o ressuscitou, pois Lázaro não estava morto, ele se encontrava num estado de letargia profundo. A Ressurreição de Jesus, após a morte na cruz, é o testemunho máximo da perpetuidade da nossa vida no seio da eternidade, pois ele se despojou do corpo carnal assumindo um corpo sutil, materializado. Jesus subiu aos céus em Espírito, sua vestimenta carnal ficou na terra em local secreto ou implodiu como afirmam vários teólogos e exegetas. .

(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS -JORNALISMO - BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).

Espiritismo e Parapsicologia

Espiritismo e Parapsicologia

Antonio Paiva Rodrigues

“Não há passageiros na nave espacial Terra somos todos tripulação”.
(Marshall Mcluhan).

Esses dois nomes estão em voga nos dias de hoje. Causa-nos espécimes porque os estudiosos da parapsicologia condenam veementemente o espiritismo e muitas vezes afirmam que a doutrina espírita não existe. Será que Allan Kardec o precursor da filosofia espiritualista, que é a imortalidade da alma, inventou tudo isto? O Senhor Padre Quevedo em suas entrevistas desafia a qualquer um e chega a por em dúvida as obras do famoso Francisco Cândido Xavier. Vejamos o significado das duas palavras: Parapsicologia – nome dado ao estudo dos fenômenos que transcendem as fronteiras da psicologia chamada ortodoxa. Espiritismo – Doutrina cujos partidários pretendem comunicar com os espíritos dos mortos, por um intermediário, a que dão o nome de médium. Espírito substância simples incorpórea e inteligente, (incorpóreo-imaterial, isto é que não tem matéria).

Psicologia – psico (alma), logia (estudo) – estudo da alma. E aí se indaga: o que é alma? Um espírito encarnado com certeza. A parapsicologia estuda o poder da mente, que é sem dúvida uma função de nosso corpo. Uma vez em uma determinada emissora de televisão Padre Quevedo, afirmou que quando morremos nosso corpo evolui como se fosse um casulo, chegando o entrevistador indagar se ele iria para o céu com aquele corpinho: e ele afirmou que sim. Afirmou também que existe vida em outros mundos.

A filosofia espírita já pregava isto há muito tempo. Deus disse: tu és pó e ao pó tu voltarás. Com esta afirmação bíblica (caem por terra as afirmações do Padre em alusão). E onde ficam figuras exponenciais como Doutor Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Divaldo Franco, Cajazeiras, Doutor Brian Weiss, James Van Praagh, Jennifer James e muitos outros.

Que o Senhor Padre Quevedo continue com sua Parapsicologia, mas, não agrida uma doutrina que só procura fazer o bem sem olhar a quem. Admitiu o candomblé nas cerimônias religiosas da igreja católica. Será que o Vaticano concorda? Talvez esteja minha pessoa ligeiramente enganada, por me considerar leigo no assunto. Não sou espírita, mas, tenho admiração pelas suas obras. Vejo sinceridade e muitas verdades. Incontestáveis com certeza. As pesquisas realizadas desde 1930 e o estudo de casos espontâneos deixam claro que a PES (percepção extrasensorial), classificados como tipos de PES estão: Telepatia, Clarividência, Premonição. A Quarta alternativa que é a mediunidade, esse fenômeno caracteriza a doutrina espírita e extrapola o âmbito da pesquisa científica da parapsicologia.

(publicado no Diário do Nordeste do dia 11/11/99)

O homem que inventou cristo

O homem que inventou cristo

Antonio Paiva Rodrigues

“Quem administra o serviço da caridade, não somente supre as necessidade materiais e espirituais de seus irmãos de caminhada, como também vive em muitos benefícios que a Justiça Divina lhe trará”
(Paulo de Tarso).

Senhor Editor,

A revista Superinteressante traz a baila, outro assunto digno de ser estudado e debatido. Um assunto polêmico como todos que estão no rol das religiões, esses estudos quando colocados à disposição da opinião pública, merecem opiniões de exegetas, estudiosos bíblicos, teólogos e até leigos.

O Sr. Yuri Vasconcelos procura levar ao conhecimento dos leitores desta salutar fonte de conhecimentos, suas suposições a respeito desta figura controvertida no meio religioso, porque, teria o mesmo assumido uma personalidade bondosa, depois de ter inserido em seus neurônios, no seu consciente o bom senso moral. Não é desonra para nenhum ser humano reconhecer um erro, erro este, cujo centro basilar ,estava respaldado nos ensinamentos que recebeu de seus superiores hierárquicos.

O mundo cristão não seria o mesmo sem a mensagem que Paulo transmitiu ao Império Romano. Para conquistar fiel, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus, e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos. Afinal, Paulo espalhou ou deturpou a palavra de Cristo?

Vale ressaltar que a vida desta figura religiosa, pode ser considerada dupla; Como Saulo e como Paulo de Tarso. Se analisarmos por este prisma, Paulo não é, e nem foi, o Homem que inventou Cristo (O Messias) porque não se trata de uma descoberta. Sendo Jesus um Espírito puro e o único a pisar este orbe terrestre Paulo não teria nenhuma ingerência na vida do Messias, pois Paulo era um Espírito imperfeito igual a nós. Queria ilustrar esta matéria colocando a disposição dos leitores o que Paulo afirmou.

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos inimigos é dar prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que se melhora. Perdoai, pois, meus amigos, para que Deus vos perdoe. Porque, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se guardardes até mesmo uma ligeira ofensa, como quereis que Deus esqueça que todos os dias tendes grande necessidade de indulgência?

Oh! Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei, porque pronuncia a sua própria condenação! Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não descobrireis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples aborrecimento e acaba pela desavença, não fostes vós a dar o primeiro golpe? Se não vos escapou uma palavra ferina? Se, usastes de toda a moderação necessária?

Sem dúvida o vosso adversário está errado ao se mostrar tão susceptível, mas essa é ainda uma razão para serdes indulgentes, e para não merecer ele a vossa reprovação. Admitamos: que. fôsseis realmente o ofendido em certa circunstância. Quem sabe se não envenenastes o caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa grave aquilo que facilmente poderia cair no esquecimento? Se dependeu de vós impedir as conseqüências e não o fizestes, sois realmente culpados. Admitamos ainda que nada tendes a reprovar na vossa conduta e, nesse caso, maior será o vosso mérito, se vos mostrardes clemente.

Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitos dizem do adversário: “Eu o perdôo”, enquanto que, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece, dizendo-se a si mesmo que foi bem merecido. Quantos dizem: “Perdôo”, e acrescentam: “mas jamais me reconciliarei; não quero vê-lo pelo resto da vida!”. É esse o perdão segundo o Evangelho? Não. O verdadeiro perdão, o perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado. É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se contenta com as aparências: sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos e não satisfaz com palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é sempre de baixeza e inferioridade.

Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras. Quem faz relatos tão sublimes como o que foi acima citado, pode ser acusado de ter espalhado e deturpado a palavra do Cristo? Somente um neófito poderia agir com tanta crueldade e talvez por falta de conhecimento, não tenha tido um acesso mais forte a vida desta figura bíblica e religiosa.

Concordo plenamente que antes do contato com o Cristo, Saulo tenha tido um comportamento estranho perseguindo cristãos, mas isto, está dentro das atribuições a ele confiadas, visto que Saulo era um soldado subordinado, um vassalo que cumpria ordem de seus superiores hierárquicos. Entretanto o espanto foi tão grande, quando manteve contato com Jesus pela sua irradiação magnética e por ser um Espírito Puro, que caiu do cavalo ao ouvir a voz do Senhor e ficou cego, permanecendo três noites em jejum refletindo sobre o estranho acontecimento, até ser visitado por Ananias, um discípulo de Cristo, que lhe diz: “Saulo, meu irmão, o Senhor me enviou”.

O mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. A partir daquela cena Saulo já estava escolhido pelo Senhor é para não deixar dúvidas o Senhor mostrou que sua superioridade era ostensiva e verdadeira “. Se a Bíblia não fosse o Livro mais mexido do mundo, já que a cada versão era modificada, poderíamos dar um crédito maior no que está exposto em suas entrelinhas. Apesar de ser um Livro que passou de pai para filho, de geração a geração, não possui original, mesmo assim é um livro confeccionado pela inspiração dos personagens da época. Possui sua parte literal, simbólica, e alegórica, sendo a literal, a mais aceita e sem muita contestação por católicos e protestantes. Dizer que Paulo foi figura central do Cristianismo é negar os apóstolos que pelas suas pregações, tiveram suas vidas ceifadas com exceção de João Evangelista, que recebeu a autorização do Cristo para cuidar de Maria e foi o único que morreu de morte natural”.

As comunidades Judaicas constituíam a Diáspora (Dispersão), e não havia grande porto ou cidade que não tivesse seu bairro judeu. A sociedade da Diáspora era muito mais rica que a Palestina. A judiara de Tarso era numerosa, e a colonização intensificara-se a partir de 175 antes de Cristo, quando o rei selêucida Antíoco Epífanes tomara a seu serviço mercenários judeus, muito dos quais, posteriormente, radicaram-se em Tarso. Os judeus abastados, que podiam pagar 500dracmas de impostos, recebiam a cidadania municipal e participavam da administração pública. Não, havia separação rigorosa, entre judeus, e gentios. Ambas comunidades estavam unidas em torno do interesse comum do estado e da cidade, pelos quais faziam suas orações, cada qual a seu modo.

Como se vê a corrupção é antiqüíssima e o sofrimento vem pela ganância e pela maneira mesquinha que praticavam para assumir posições de destaques. Não muito diferente dos dias atuais. O pai de Paulo, que Emmanuel revela chamar-se Isaac, era fariseu, fiel cumpridor da Torá orgulhoso ser filho da promessa, da estirpe de Abraão, podendo assegurar sua filiação a tribo de Benjamim. De sua mãe nada se sabe, alguns afirmam que ela faleceu cedo, hipótese descartada no livro Paulo e Estevão. Desconhece-se o ano que Saulo nasceu, embora se possa concluir tenha sido dos dez primeiros anos do primeiro século, muito provavelmente entre 5 e 10. Saulo tinha dois nomes fato comum na Diáspora, quando circuncidado, na conformidade da Lei, recebeu o nome de Benjamim: Xaul, Saul e Saulo, nome do primeiro rei dos hebreus, para a sociedade pagã seu nome era outro Paulus, que se aproximava de Saulo, palavra que, por sinal, no grego, dá idéia de pessoa vacilante, dúbia. Saulo possuía uma irmã, Dalila segundo Emmanuel, que vivia em Jerusalém, e irá desempenhar significativo papel na vida do apóstolo.

Para bons entendedores, o pai de Saulo ou Paulus sendo saduceu jamais iria amar os Cristãos. A não ser que ocorresse algo de extraordinário como conta a história, a conversão para o cristianismo. A biografia de Paulo é muito vasta e não daria aqui nesta matéria colocar todos os pingos nos “is”. Existem muitos fatos notórios, mas outros merecem ser mais destacado. Se a história não reconhece o nome da mãe desta grande figura, como iria comprovar outros fatos mais controversos. Para encerrar queria colocar em xeque a posição de Pedro, ele nunca foi o primeiro Papa, pois a religião católica (universal) só foi criada em 381 depois de Cristo. Quando Jesus diz: Pedro tu és rocha e sobre ti edificarei minha Igreja (não significa que Jesus estava atribuindo este título a Pedro), Igreja tinha outro significado e a figura papal foi criada pelos próprios humanos.

A matéria está bem elaborada, mas como se diz no dito popular: “Religião e política não se discutem” . Aquele que dá a semente do bem ao que semeia, e pão para comer, também multiplicarão a sua sementeira e aumentará os frutos de sua misericórdia. Tudo será dado, para que você enriqueça para toda a beneficência, a qual lhe trará as graças do Pai Celestial.

(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - JORNALISTA - FORTALEZA, SOU ESPÍRITA PRATICANTE - OFICIAL SUPERIOR DA PMCE - GESTOR DE EMPRESAS).

Onde Estamos?

Onde Estamos?

Antonio Paiva Rodrigues

Sr. Editor,

O grande vidente Miguel de Nostradamus viveu de 1503 a 1566, tornou-se famoso por suas técnicas médicas inovadoras e suas curas durante a onda de peste que assolou algumas cidades francesas. Fez uma previsão, como era de seu costume, que o mundo acabaria no ano de 1999, só que, em determinadas afirmações, temos que analisar profundamente o oposto daquilo que foi predito como certo e inevitável. Na realidade o mundo acabou para certas e determinadas pessoas, que estão aí no cotidiano das ruas e nas manchetes dos jornais e revistas, causando um imenso temor às pessoas que têem o coração mais brando e sensível. Casos horripilantes passaram a ser banais. Filhos planejando e executando a morte dos pais para usufruírem as benesses do vil metal dos incautos. Pais executando filhos, esposa e vice-versa, é uma ignomínia total. O que fazer? Seres humanos de idade avançada desprezados pelas famílias e entregues a algozes irados, que, com seus instintos bestiais, maltratam, chegando a execução brutal de seus semelhantes, através da tortura e do terror. É de cortar coração. Certas pessoas em sua inocência indagam: onde está Deus?1- É primordial que saibamos: Ele nos deu o livre-arbítrio, através da nossa consciência e inteligência, temos o dever de procurá-lo, colocá-lo em nossos corações fortalecendo ainda mais com a força da fé, da caridade, do amor ao próximo e do perdão aos nossos inimigos. 2- Preces e orações elevam a alma do ser humano. Jamais o orgulho deve dominar o homem e predominar no mundo, se isto acontecer, estamos fadados a aumentar ainda mais a violência e a incompreensão no orbe terrestre. 3- A crise em que vivemos está repercutindo até entre determinadas religiões que ficam incutindo na cabeça de seus fieis críticas a seus irmãos de crenças, quando afirmam com veemência que não existe nenhuma prova cientifica de uma vida depois da morte e que a ciência moderna não dá valor algum às histórias dos adeptos do Espiritismo sobre espíritos que aparecem, se reencarnam, se manifestam através de médiuns ou atormentam a vida da gente. Estas afirmações são falsas, desprovidas de conhecimento. Yan Stevenson cientista americano comprovou em seus estudos de mais de trinta anos, 3960 casos de reencarnações. 4- As autoridades nominadas: Dr. Brian Weiss, Ernesto Bozzano, William Crookes, Charles Richet, Gustavo Geley, Camile Flamarion, Frederich Mayers, Cromwel Varley, Russel Wallace, Oliver Lodger, William Barret também, se fossemos enumerar mais cientistas o glossário seria interminável. Deus, Pai Todo Poderoso, coloca amor, compreensão, fraternidade e caridade nos corações dos maldosos que estão em toda parte, inseridos dentro das próprias religiões. Perdoem-lhes, eles não sabem o que fazem.

A própria Bíblia está recheada de fenômenos mediúnicos, eles realmente são cegos ou não querem enxergar e dar os braços a torcer, coitados! Afirmar que Jesus suou sangue diante da morte é criancice, ele é um Espírito Puro e a morte física para ele era coisa natural.

Às vezes me encho de tristeza ao ver pessoas professarem uma religião apenas por um dever ou para justificar que não é ateu, mas na verdade o desconhecimento é total, não sabem interpretar o próprio Livro Sagrado e o fazem traduzindo ao pé da letra. Sabemos que a Bíblia pode ser vista de três formas: literal, simbólica e alegórica.

Por desconhecimento admitem a forma literal e esquecem as outras, desconhecem que o Antigo Testamento mostra um Deus vingativo, egoísta, não admitia derrotas e que a pena capital era a execução. Que Deus é este? Já no Novo Testamento Evangelhos de Jesus, Deus tem um caráter mais brando, compassivo, bondoso, amoroso.

Resta-nos uma indagação: será que Deus têm duas personalidades? Não. Só que o Deus do Velho Testamento é o Deus de Isaac, Abraão, Jacó e José, o Deus dos Judeus, que se intitula Jeová, Javé e Iavé, nada mais que um espírito enviado pelo Pai Maior para representá-lo. Deus inteligência suprema, causa primária ou primeira de todas as coisas, não poderia jamais assumir atitudes que viessem mudar sua divindade.

Jesus falava através de parábolas e afirmou que iria mandar o Espírito da Verdade, para que nós, seres imperfeitos, conhecêssemos tudo aquilo que ele falou e pouca gente entendeu e continua sem entender. Citarei aqui uma afirmação Dele: “deixai que os mortos enterrem seus mortos”, se analisarmos ao pé da letra, como um desencarnado pode enterrar outro desencarnado? O morto a que ele se refere é aquele que não tem fé, amor ao próximo, está distante da fraternidade e da caridade. Em outra passagem temos: Deus virá julgar os vivos e os mortos, só que, os mortos são aqueles a que me referi antes, e não os desencarnados cuja matéria já virou pó e retornou ao fluido cósmico universal. Se a Bíblia fosse realmente a palavra de Deus, não teria sofrido ao longo dos anos modificações profundas, com erros gritantes que as religiões cometeram, umas aumentando o número de livros outras diminuindo. Todos nós sabemos que o Evangelho de Jesus não pertencia a Bíblia, foi anexado ao Velho e tomou o nome de Novo Testamento. Só assim ela tomaria um aspecto doutrinário mais forte como afirma nosso irmão desencarnado José Herculano Pires. 5- Estou fazendo esta matéria não com intuito de criticar, nem de agredir, nós sabemos perdoar. Quanto mais nos acusam e afirmam que somos mentirosos, feiticeiros, macumbeiros e candoblistas, crescemos mais.

Não dêem uma de Padre Quevedo, que de tanto criticar a doutrina espírita, ela duplicou e ele sumiu, simplesmente saiu de circulação. Macaco nunca olha para seu rabo. 6-Para encerrar este pensamento, faço uma pergunta para quem quiser responder: onde se encontra o original da Bíblia? Sabe-se, que fatos acontecidos no pretérito eram passados ou repassados de pai para filho, prejudicando por demais a comunicação. O pastor João Ferreira de Almeida que a traduziu para o português é réu confesso, afirmou que, quando a traduziu cometeu nada mais, nada menos, do que, dois mil erros.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES -MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Os Codificadores

Os Codificadores

Antonio Paiva Rodrigues

“Quando vier o Espírito da Verdade, que procede do Pai, dará testemunho de mim, e vós também dareis porque estais comigo desde o começo”.

(João XV, 26-27.).

Assim como não existem duas “leis” em vigor uma, em oposição à outra, também não podem existir dois “testamentos” em validade, ambos contradizendo-se, defraudando-se, aniquilando-se.

Existe a lei, existem os profetas; existiram os profetas e existiram a lei e os profetas. Jesus não veio revogar a lei e os profetas, mas cumprir; lembrar o cumprimento da lei, trabalhar pelo cumprimento da lei, ensinar o cumprimento da lei, impor o cumprimento da lei. Jesus é a luz do mundo: essa luz ilumina a lei, distingue-a do que não é lei, orientando todas as almas de um modo racional, inteligível, para cumprirem a lei, obedecerem à lei, praticarem as ordenações da lei. Jesus é o caminho, a verdade e a vida: sendo sua principal missão cumprir a lei, a lei deve, forçosamente, limitar-se, circunscrever-se ao caminho que ele personificou, à verdade de que ele foi o paradigma, a vida de que deu o mais vivo exemplo.

A lei foi dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade da compreensão da lei foi dada por Jesus Cristo; ele é a luz e a verdade. A lei não é de Moisés: se fosse, passaria com Moisés, como a lei de Moisés do dente por dente, olho por olho passou, para não mais voltar; não só desapareceram dela o i e o til, como também todo valor, toda potência, todos os caracteres.

Todo o mundo admira a moral evangélica; todos proclamam a sua sublimidade e a sua necessidade; mas muitos o fazem confiando naquilo que ouviram, ou apoiados em algumas máximas que se tornaram proverbiais, pois poucos a conhecem a fundo, e menos ainda a compreendem e sabem tirar-lhe as conseqüências. A razão disso está, em grande parte, nas dificuldades apresentadas pela leitura dos Evangelhos, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, faz que a maioria o leia por desencargo de consciência e por obrigação, como lê as preces sem as compreender, o que vale dizer sem proveito.

Os preceitos de moral espalhado no texto, misturado com as narrativas, passam desapercebidos. Torna-se impossível aprender o conjunto e fazê-lo objeto de leitura e meditação separadas.

Diante de belos ensinamentos de nosso Mestre Jesus Cristo, tentaremos agora, na nossa simplicidade e talvez ignorância, falar alguns fatos relacionados, com os Codificadores da Doutrina Espírita surgida em 18 de abril de 1857 com o lançamento do Livro dos Espíritos, por Allan Kardec. Ao publicar “O Livro dos espíritos”, Allan Kardec estava com 53 anos de idade, pois nasceu em Lyon, na França, às 19 horas do dia 03 de outubro de 1804.

Seu pai, Jean-Baptista Rivail, que era juiz, e sua mãe Jeanne-Louise Duhamel, prendada senhora lionesa, o educaram dentro das melhores possibilidades da época. Aos dez anos, já era aluno do Instituto de Yverdon, famoso educandário da Suíça, onde foi discípulo do extraordinário pedagogo Johannes Heinrich Pestalozzi, considerado por muitos como o “educador da humanidade”. Esta experiência pedagógica foi de alta valia para a elaboração dos livros da Codificação. Casou-se com Amélie –Gabriel Boudet, parisiense, professora de Letras e Belas Artes, a quem o Espiritismo muito deve, pois colaborou com Kardec e o apoiou em sua bela missão. Nela se aplicaria o jargão popular de que: “Atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher”. Em 08 de maio de 1852, publicou-se, em Nova York, o primeiro periódico espírita: o “Spiritual Telegraph”. Em 1853, já existiam nos Estados Unidos centenas de publicações de diferentes orientações, algumas com edições de mais de dez mil exemplares. Foi também em Nova York que se constituiu a primeira sociedade espírita, em 10 de junho de 1854, da qual faziam parte, entre outros personagens, o juiz da Suprema Corte daquele estado, John W. Edmonds, e o Governador Tallmadge, de Wisconsin. Essa sociedade foi a responsável pela edição do jornal “The Cristian Spiritualist”.

Falar de Fénelon, Erasto, Santo Agostinho, São Luiz, Lacordaire, François-Nicolas-Madalaine, Sansão, Delphine de Giardin, François de Genêve, Um anjo da Guarda, Bernadim, Espírito da Verdade, Adolfo-Bispo de Alger, Ferdinando-Bourdeaux, João Evangelista, Um Espírito Protetor, Vianey (Cura D’Ars), Lázaro, Um Espírito Amigo, Hahnemann, Simeon, Paulo, João (Bispo de Bordeaux), José-Espírito Protetor (Indulgência), Dufétre - Bispo de Ners, Emmanuel, Pascal, Espírito Protetor, Elisabeth de Françe, Lamennais, Jules de Oliveira, Adolfo-bispo de Alger, Francisco Xavier -Bordeaux, Irmã Rosália, São Vicente de Paula, Cáritas, Michel (A piedade), Guia Protetor, M. Espírito Protetor, Cheverus, Georges, Simeão, Constantino, Henré Heine, Luis, V. Monod, Sócrates, Platão, Franklin, Emmanuel Suwenderborg, Zéfiro entre outros.

Como podemos notar pela descrição alguns espíritos fizeram questão de se identificar, outros não. Não poderemos jamais esquecer a figura de Jackie Andrews Davis, grande médium americano, que quatro anos antes de Kardec lançar a primeira obra da Codificação, ele prediz dizendo: Isto em 1854, que quatro anos depois surgiria no mundo uma doutrina que iria revolucionar, e esta doutrina receberia o nome de “Espiritismo”. Kardec ou Hippolyte-Leon Denizard Rivail lançou o Livro dos espíritos em 18 de abril de 1857, o Livro dos Médiuns em 15 de janeiro de 1861, O Evangelho Segundo o Espiritismo, em 29 de abril de 1864, O Céu e o Inferno, em primeiro de agosto de 1865, Gênesis em seis de janeiro de 1868.

A Revista Espírita em primeiro de janeiro de 1858, Obras Póstumas lançada depois de seu desencarne, em 1890. Rivail, aconselhado por um amigo espiritual, usou o pseudônimo de Allan Kardec, seu nome de encarnação vivida na Gália, onde foi um sacerdote Druida, para publicar esse livro e o adotou em suas obras espirituais.

Kardec trabalhou na Codificação e na implantação do Espiritismo desde maio de 1855, quando viu pela primeira vez a realização de fenômenos extraordinários, até sua desencarnação, no dia 31 de março de 1869, aos 65 anos, em conseqüência de um aneurisma cerebral. Seu sepultamento, realizado no dia dois de abril, no Cemitério Montmarte, o mais antigo de Paris, acompanhado por mais de duas mil pessoas.

Seus restos mortais foram transferidos para o Cemitério de Père Lachaise, onde repousam até hoje, num túmulo em forma de dólmem, três pedras perpendiculares sobre a qual repousa uma quarta, de seis toneladas, que serve de teto, onde, no bordo frontal está gravada a frase: “Nascer, Morrer, Renascer Ainda e Progredir Sempre-Tal é a Lei”, que retrata muito bem, a síntese da filosofia da encarnação. Os franceses enveredaram pelo chamado Espiritismo Científico; abandonaram, negaram os aspectos filosóficos e religiosos da Doutrina e distanciou-se dos caminhos propostos pelos espíritos na Codificação. Outro fato que merece destaque: O Livro dos espíritos em seu lançamento continha apenas 501 questionamentos e respostas, a 30 de março de 1860 ele ficou pronto com 1.018 perguntas e respostas; quando da sua tradução para o português com aquele jeitinho brasileiro, aumentaram para 1.019 questões. Será que Kardec onde estava ou está concordou com esta alteração? Quem teria sido o autor intelectual dessa façanha, em livro ditados por espíritos Superiores e que é à base da sustentação de uma doutrina, não deve ser alterado de forma alguma. Na minha opinião achei esta atitude de um mau gosto sem precedentes.

Espírito


Antonio Paiva Rodrigues

“Bem aventurados seja aquele que não se deixa levar por maus conselhos, que não segue o caminho dos que não querem conhecer Deus e que não se junta com os zombadores”.

A filosofia espírita é bem explicada quando afirma que nosso corpo é constituído de corpo, perispírito e alma. Sendo o corpo a nossa matéria, o perispírito a ligação entre a vida material e o espiritual. A alma é um espírito encarnado. Com certeza você é espírito. Basta-lhe despertar para a recordação, lembra-se.

O espírito não tem limites, não tem o limite do corpo físico e ultrapassa o alcance do intelecto ou da mente. Quando a energia vibratória do espírito diminui a ponto de vista podem atingir ambientes mais densos, com o plano tridimensional em que hoje vive, o espírito se cristaliza e se transforma em corpos cada vez mais densos. O mais denso de todos é o estado físico.

É nele que o ritmo de vibração é mais baixo. O tempo parece passar mais rapidamente nesse estado, porque que é proporcionalmente inverso ao ritmo da vibração.

À metade que aumenta o ritmo da vibração, o tempo se desacelera. Por isso é que às vezes é difícil escolher o corpo certo, o tempo certo de retornar ao estado físico.

Dada a disparidade do tempo, pode-se perder a oportunidade. Existem muitos níveis de consciência, muitos estados vibratórios. Não lhe importa conhecer todos os níveis. Precisaria um aprofundamento maior, um estudo mais acalorado e isto levariam muito tempo. “Para nós, o mais importante é o primeiro dos sete níveis. É mais importante ter experiência no primeiro plano do que abstrair e raciocinar a cerca dos planos superiores”.

Talvez tenhamos que passar por todos eles.

Nossa tarefa é ensinar aos outros através da experiência. A partir do que é crença e fé e transformá-lo em experiência, do modo que o aprendizado seja completo, pois a experiência transcende a crença. Ensina-lhe a sentir. Retirar-lhes o medo. Ensinar-lhes a amar e a se ajudarem uns aos outros, isso envolve o livre arbítrio das pessoas. Mas dirija-se a elas com amor e compaixão. Ajude-as. É isso o que deve fazer em primeiro plano, “os seres humanos consideram-se o único tipo de vida inteligente do universo. Isso não é verdade. Existem mundos e muitas dimensões”.

Além do mais a alma pode dividir-se, se assim o desejar. O espírito não para, sempre está em movimento. O certo é que existem mais espíritos do que matéria, e Deus o arquiteto do universo está sempre a criá-los”.

A morte não existe. Passamos para um estado de evolução e aprendizado.

Poderemos voltar em várias reencarnações. A energia consiste em luz, amor e conhecimento. Se na ascensão de Jesus Cristo ele subiu aos céus em alma e matéria com certeza existe outro mundo material, além do nosso. Para os mestres que estudaram a fundo a vida deste inigualável homem, cheio de santidade ele não morreu.

Foi seu corpo requisitado por Jesus de Arimatéia e Nicodemos que cuidaram e conseguiram curá-lo. Terminou sua vida num mosteiro de Carmelo, no monte do mesmo nome em Jerusalém. Viveu até os 70 anos, junto aos seus irmãos de fraternidade, praticando a espiritualidade, tinha uma reunião semanal com seus adeptos.

Foi enterrado em um ataúde em lugar secreto. Se este Deus veio a terra em forma humana teria que seguir, o mesmo destino que nós: nascer, viver e morrer. No céu não existe lugar para seres materiais e sim espirituais. Ao comentar esta matéria muitas pessoas me levaram ao desprezo e afirmaram que eu estava ficando louco, queria dizer aos que assim pensam e procedem, sou ser humano e estou neste orbe fazendo parte da história de uma maneira ou de outra. A vida é assim mesmo, uns são criticados, outros elogiados, uns são bons outros mal, é o livre arbítrio que o Pai nos deixou de herança, resta-nos pender se possível só para o bem, pois o mal por si só, se destrói. Eu estou com o Pai Maior, Jesus Cristo e Allan Kardec, codificador da doutrina Espírita.

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Espiritismo e Parapsicologia

Espiritismo e Parapsicologia

Antonio Paiva Rodrigues

“Não há passageiros na nave espacial Terra somos todos tripulação”.
(Marshall Mcluhan).

Esses dois nomes estão em voga nos dias de hoje. Causa-nos espécimes porque os estudiosos da parapsicologia condenam veementemente o espiritismo e muitas vezes afirmam que a doutrina espírita não existe. Será que Allan Kardec o precursor da filosofia espiritualista, que é a imortalidade da alma, inventou tudo isto? O Senhor Padre Quevedo em suas entrevistas desafia a qualquer um e chega a por em dúvida as obras do famoso Francisco Cândido Xavier. Vejamos o significado das duas palavras: Parapsicologia – nome dado ao estudo dos fenômenos que transcendem as fronteiras da psicologia chamada ortodoxa. Espiritismo – Doutrina cujos partidários pretendem comunicar com os espíritos dos mortos, por um intermediário, a que dão o nome de médium. Espírito substância simples incorpórea e inteligente, (incorpóreo-imaterial, isto é que não tem matéria).

Psicologia – psico (alma), logia (estudo) – estudo da alma. E aí se indaga: o que é alma? Um espírito encarnado com certeza. A parapsicologia estuda o poder da mente, que é sem dúvida uma função de nosso corpo. Uma vez em uma determinada emissora de televisão Padre Quevedo, afirmou que quando morremos nosso corpo evolui como se fosse um casulo, chegando o entrevistador indagar se ele iria para o céu com aquele corpinho: e ele afirmou que sim. Afirmou também que existe vida em outros mundos.

A filosofia espírita já pregava isto há muito tempo. Deus disse: tu és pó e ao pó tu voltarás. Com esta afirmação bíblica (caem por terra as afirmações do Padre em alusão). E onde ficam figuras exponenciais como Doutor Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Divaldo Franco, Cajazeiras, Doutor Brian Weiss, James Van Praagh, Jennifer James e muitos outros.

Que o Senhor Padre Quevedo continue com sua Parapsicologia, mas, não agrida uma doutrina que só procura fazer o bem sem olhar a quem. Admitiu o candomblé nas cerimônias religiosas da igreja católica. Será que o Vaticano concorda? Talvez esteja minha pessoa ligeiramente enganada, por me considerar leigo no assunto. Não sou espírita, mas, tenho admiração pelas suas obras. Vejo sinceridade e muitas verdades. Incontestáveis com certeza. As pesquisas realizadas desde 1930 e o estudo de casos espontâneos deixam claro que a PES (percepção extrasensorial), classificados como tipos de PES estão: Telepatia, Clarividência, Premonição. A Quarta alternativa que é a mediunidade, esse fenômeno caracteriza a doutrina espírita e extrapola o âmbito da pesquisa científica da parapsicologia.

(publicado no Diário do Nordeste do dia 11/11/99)

João Batista

João Batista

Antonio Paiva Rodrigues

“Eu te agradeço por tal prodígio. Tudo o que fazes é maravilhoso, tuas obras são extraordinárias e conheces até o fundo de minha alma”.

Ao iniciar esta conversa sobre João Batista, queria afirmar e acrescentar, algo que pudesse identificar a figura de João, como Essênio, mas na realidade ele pertencia a uma seita, muita conhecida, na época que se chamava Nazarenos, nome dado, na antiga lei, aos judeus que faziam votos, por toda a vida ou por algum tempo, de conservar-se em pureza perfeita: adotava a castidade, a abstinência de bebidas alcoólicas e não cotavam os cabelos.

Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos. Mais tarde, os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. Esse foi, também, o nome de uma seita herética dos primeiros séculos da era cristã, que, à semelhança dos ebionitas, dos quais adorava certos princípios, misturava práticas mosaicas aos dogmas cristãos.

Essa seita desapareceu no século quarto. Na verdade os Essênios professavam o dogma essencial da doutrina órfica e pitagórica. O Orfismo nada mais era, aquilo que se refere a Orfeu, diz-se dos dogmas, mistérios e princípios filosóficos atribuídos a Orfeu. Pitagórica está relacionado aos ensinamentos de Pitágoras, pitagorismo.

A preexistência da alma conseqüência e razão da sua imortalidade. “A alma, diziam eles, descidos do mais sutil éter e atraída ao corpo por um certo encontro natural, nela habita como numa prisão; liberta dos laços do corpo como duma longa escravidão, ela alegremente voa”,( Josefo, A .J.II,8).

O culto, misterioso, oculta nas sombras das origens helênicas que reapareceu nos séculos VII e VI antes de Cristo, sob forma filosófica e pregava preceitos mais puros de moral e esperança na imortalidade feliz. Ligava-se a Orfeu a fundação do Culto.

Vale ressaltar que entre os Essênios, os irmãos propriamente ditos viviam em comunidade de bens e no celibato, em lugares retirados, cavando a terra, educando algumas vezes crianças estrangeiras.

Quanto aos casados constituíam uma espécie de ordem terceira, filiados e submetidos á Outra. Silenciosos, doces e graves, viam-nos aqui e além cultivar as artes da paz. Tecelões, carpinteiros, vinhateiros ou jardineiros, nunca armeiros ou comerciantes.

Espalhados por pequenos grupos por toda Palestina, pelo Egito, e até ao monte Horebe, eles davam-se entre si a mais absoluta hospitalidade. Assim, nós vemos Jesus e os discípulos de cidade em cidade e de província em província, sempre certo de encontrar um albergue.

João Batista por este tempo pregava no Jordão; Conforme a idéia judaica, afigurava-se-lhe que em breve viria o Messias como um vingador e um justiceiro, que, novo Macabeus, sublevaria o povo, expulsaria o romano, castigaria todos os culpados, e depois entraria triunfalmente em Jerusalém, restabelecendo, na paz e na justiça e superior a todos os povos, o reino de Israel.

Pedindo emprestado aos Essênios o costume das abluções, transformando-o a seu modo, imaginara o batismo no Jordão, como uma manifestação pública da purificação interior que ele exigia. Jesus quis ver o Batista, ouvi-lo e submeter-se ao batismo público, pois desejava entrar em cena por um ato de humildade e de respeito para com o profeta, que ousava levantar a voz contra os poderes constituídos e acordar do seu sono a alma de Israel.

Do Messias dizia: “Eu só vos batizo com água, porém ele batizar-vos-á com fogo”. Vi-o, perdido na multidão, meter-se na água até a cintura e curvar-se humildemente, a fim de receber a aspersão.

Quando o neófito se levantou, o olhar terrível do pregador leonino e o olhar do Galileu se encontraram. João perguntou a Jesus? Serás tu o Messias tendo ele ficado calado, cruzando as mãos sobre o peito, pediu ao Batista sua benção. Aquela pergunta ressoava na alma de Jesus. “Segundo os Evangelhos, João reconheceu imediatamente Jesus como o Messias e como tal o batizou. Sobre este ponto a sua narração é contraditória, porque mais tarde João prisioneiro de Antipas em Maquerunte, pergunta a Jesus: És tu, aquele, que deve vir ou devemos esperar por outro? (Mateus, XI, 3)”.

Esta dúvida tardia prova que, se João tinha suspeitado que Jesus fosse o Messias, não estava inteiramente certo disso, Porém, os primeiros redatores dos evangelhos, sendo Judeus, procuravam apresentar Jesus como tendo recebido a sua missão e a sua consagração de João Batista, profeta Judeu e popular”.

Os anais místicos de todos os tempos demonstram que verdades morais e espirituais de uma ordem superior foram percebidas por certas almas de elite, sem raciocínio, pela contemplação interna e sob forma de visão.

Fenômeno psíquico este ainda mal conhecido da ciência moderna, mas, no entanto incontestável. Catarina de Sena, filha de um pobre tintureiro, teve, desde os quatro anos de idade, visões extremamente notáveis.

Swedenborg homem de ciência, de espírito frio, observador, e racionador, aos quarenta anos de idade, no gozo de uma saúde perfeita, começou a ver visões que não tinham relação alguma com a sua vida precedente.

Não pretendo comparar estes fenômenos exatamente com os que se passaram na consciência de Jesus, mas simplesmente estabelecer a universalidade de uma percepção interna, independente dos sentidos corporais”. Com esta bela exposição encerro esta matéria que nos traz um belo ensinamento do encontro de João Batista “O Nazareno com Jesus Cristo, O Essênio. Muitos irão discordar da minha posição em julgar que Jesus era Essênio, não sou eu a colocar este ponto de vista, são os estudiosos, os exegetas da época que chegaram a esta conclusão. O direito de discordar cabe a qualquer pessoa, mas as evidências e os ensinamentos são fortes aliados. Não somos donos da razão e da verdade. Só o Pai Maior está com ela. Assim seja.

A Religião De Maomé

A Religião De Maomé

Antonio Paiva Rodrigues

“O futuro permanece escondido até dos homens que o fazem”
(Anatole France).

Maomé (570-632) pertencia à tribo dos coraixitas, que tinha como missão zelar pela Kaaba de Meca. O avô de Maomé, além de possuir cargo religioso importante, era um comerciante bem sucedido. Entretanto, Maomé sofreu dificuldades econômicas em sua infância e adolescência: aos sete anos, já tinha perdido os pais, tendo sido criado por um tio e teve que começar a trabalhar muito cedo, como pastor de carneiros.

A tradição menciona que Maomé, em sua juventude, teve feito viagens à Síria, onde talvez estabeleceu seus primeiros contatos com o cristianismo e com o Judaísmo.

Aos 25 anos de idade Maomé casou-se com Khadija, uma rica viúva que o incumbiu da direção de seus negócios comerciais. Com esse casamento Maomé deixou a vida de pobreza, subindo na escala social. Mas apesar da riqueza conquistada Maomé sentia-se interiormente insatisfeito e, por isso, dedicava-se à meditação.

Aos 40 anos, passou a ter uma série de visões que o convenceram de que ele era o profeta escolhido por Deus (Alá) para anunciar aos homens uma nova doutrina religiosa. Iniciando suas pregações religiosas, Maomé entrou em conflito com os sacerdotes de Meca, que eram politeístas e estavam interessados em manter a cidade de Meca como centro religioso e comercial dos árabes.

Em razão desse conflito em 622 e a fugir para Yatrib, posteriormente denominada Medina, a cidade do profeta. Essa data denomina-se Hégira e marca o início do calendário muçulmano. Aos poucos, Maomé estruturou sua religião e organizou um exército de seguidores que, em 630, conquistou Meca.

A Kaaba foi transformada num centro de orações, mas Maomé proibiu todos os cultos muçulmanos idólatras que antes existiam.

A doutrina muçulmana também chamada islâmica ou maometana impõe cinco regras:

  1. Crer em Alá, o único Deus e em Maomé, seu profeta;
  2. Realizar cinco orações diárias;
  3. Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
  4. Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual do jejum);
  5. Ir a peregrinação a Meca pelo menos uma vez durante a vida.

Seu livro sagrado o Alcorão, tinha crença na predestinação.

Publicado no Diário do Nordeste do dia 14/08/99.

Assunto polêmico

Assunto polêmico

Antonio Paiva Rodrigues

Sr. Editor,

“... Aderia ao senhor, fiéis em número cada vez maior, uma multidão de homens e mulheres... a ponto de serem os doentes transportados para as praças e dispostos lá em leitos e catres, a fim de que, ao passar Pedro ao menos sua sombra cobrisse algum deles. A multidão acorria mesmo de cidades vizinhas de Jerusalém... e todos eram curados”.
(Atos -Cap-5)

Diversas versões estão nos anais do tempo, citadas contam como se passou o nascimento, a vida, a obra, e o desenlace fatal do único Espírito Puro que pisou no orbe terrestre.

São tantas versões que confundem, deixam dúvidas e até uma silhueta de incertezas, veio colocar ainda mais uma pitada de fatos, relatos, para que, os exegetas estudassem mais amiúde, a vida deste grande Irmão que veio com intuito de ensinar a humanidade às palavras de Deus, não foi compreendido, tratado como agitador, revolucionário, causou um frenesi muito grande. Além da traição que sofreu foi condenado à morte através da crucificação e do crucifrágium.

A partir dos proscritos, os chamados evangelhos apócrifos, da própria Bíblia, de outras religiões, que relatam de uma maneira diferenciada em alguns pontos, tornando o Livro Sagrado como é conhecido, num mar de alegorias, simbolismo, sendo entendido somente pela parte literal, sem tirar uma vírgula sequer.

Na época do nascimento de Jesus, a Fraternidade Essênia fazia parte da Grande Fraternidade Branca e não só estava bem estabelecida em várias partes do Egito e da Palestina, tendo seu maior centro e número de membros em Alexandria, no Egito, com uma grande comunidade na Galiléia, como também mantinha um grande templo secreto em Heliópolis, no Egito, onde os Supremos Oficiais se reuniam e onde as cerimônias mais importantes da organização eram realizadas.

Este templo foi muitas vezes citado nos registros antigos como o templo de Hélios ou “templo do sol”. Na Palestina havia um templo menor para as cerimônias sagradas dos Essênios de Jerusalém e arredores, localizadas perto de uma das portas da cidade. Era neste templo de Jerusalém que os oficiais da Fraternidade Essênia se reuniam para suas cerimônias sagradas.

A encarnação do Filho de Deus, que fora desde séculos anunciados, se cumpriu de maneira visível em meio a uma época espantosamente grandiosa. Sempre que se pudesse observar, vivia a humanidade atônita pela exibição do poderio romano. Dependendo das condições pessoais de esplendor ou miséria, os homens eram levados á exaltação ou à consternação. A idéia e a expectação de um príncipe enviado por Deus eram mal entendidas, mas amplamente difundidas.

No tempo das seitas místicas e cultas sagrados da Grande Fraternidade Branca do Oriente, houve um certo Joaquim, alto sacerdote do Sagrado Templo de Hélios, fora dos portões de Jerusalém. Era ele um devoto seguidor dos rituais sagrados e havia se comprometido a dar tudo que lhe pertencesse ao grande trabalho.

Quando chegou a época de Ana, sua mulher, ter um filho, eles concordaram que, se fosse uma menina e demonstrasse já durante a infância que fora divinamente, enviada, ela se tornaria uma pomba (Columba), no Templo Santo, como virgem do Sanctum Sagrado. No nono mês Ana deu à luz uma criança, uma menina tal qual como haviam predito os astrólogos (Magos) do Templo. Passado o tempo de praxe, Ana purificou-se e amamentou a criança, chamando-a de Maria, porque o sol estava em Libra na hora do nascimento.

Anos depois, esta menina seria coroada como a mãe do Salvador, Jesus Cristo, que esteve entre nós, pregando o Evangelho Divino, ele nasceu quase despercebidamente, cresceu, ensinou o bem, verberou o mal, sofreu suspeita, foi tentado, odiado, preso, maltratado, crucificado e morto; muitos afirmam que ele venceu a morte e ressuscitou. Aqueles que Nele creram foram curados, e mediante a fé conquistaram a vida espiritual, mesmo quando perseguidos ou mortos.

Quando nos referimos a fatos místicos muito de nossos irmãos nos recriminam, não fui eu o idealizador desta façanha, apenas retrato aquilo que gosto de ler e absorver como conhecimento. Quem sou eu, para julgar, sou apenas um ser imperfeito a busca da evolução. Espíritas famosos como o Kardec brasileiro, o médico dos pobres, Bezerra de Meneses era místico como João Evangelista.

A condenação dos místicos não me cabe, pois a verdade só a Deus pertence. Afirmar que Jesus não era Essênio, pouco importa, mas pelo que expus aqui nesta simples matéria, ela era Essênio pelos laços familiares, já que seu avô Materno era um Essênio, como se diz no velho e surrado jargão popular “de velhos costados”.

Até pelas vestimentas, maneira de agir, de falar, lidar com o próximo, o amor pelos seus irmãos em nada contradizia com o ensino dos Essênios. Fica a indagação: era ou não era Essênio, o nosso querido e amado Mestre Jesus?

(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS - JORNALISTA - BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).

Verdade sim, heresia não!

Verdade sim, heresia não!

Antonio Paiva Rodrigues

“O amor ao próximo e o perdão aos nossos inimigos é uma dádiva de Deus que saibamos a hora e o momento exato de executá-los. E, para coroar esta dádiva a caridade se torna um aliado muito forte nesse mister”.
(Antonio Paiva Rodrigues).

Sempre nas minhas leituras em busca de conhecimentos, uma figura me chamou a atenção, pelo fato dos comentários os mais diversos possíveis. Esta figura cujo nome é título dessa dissertação, é um ser discutido nos meios religiosos. Afirmam uns, que ele é irmão de Jesus, outros primo, parente por afinidade. Afinal; quem foi Tiago?

Quando Jesus alcançou os dez aninhos, Maria já era responsável por uma família muito grande, além dos filhos de José do seu primeiro casamento com Débora, já haviam nascido Efrain, José, Elisabete e Andréia.

Posteriormente vieram Ana e Tiago, a sua vida doméstica era igual as das mulheres hebréias, além das tarefas domesticas, secavam trigo e centeio em esteiras colocadas ao sol e depois encaminhavam aos moinhos da redondeza. A cidade de Nazaré era pobre em recursos a pesca, os serviços de carpintaria, tecelão, oleiro, ferraria e seleiro eram os recursos maiores que a população tinha a seu dispor.

O trabalho feminino era laborioso faziam pães misturados ao mel, deliciosos frutos eram preparados em calda, farinha cheirosa de tubérculos da terra, e depois torrada, ou de peixe. Maria era uma mulher prodigiosa, trabalhadora, laboriosa, e não se descuidava das tarefas domesticas.

Quando José desencarnou, vítima de um insulto cardíaco, Jesus alcançava os vinte e três anos de idade, é bom frisar que Maria mantinha com carinho José que atingia vinte anos, ajudado por Tiago, com onze anos, se devotavam aos serviços de carpintaria herdada do Pai. O irmão Efrain com vinte e dois anos era diferente dos demais demonstrando desde cedo um espírito pertinaz e ambicioso, tornou-se rico pelo trabalho que exercia junto aos fornecedores de viveres e suprimentos para os grandes comerciantes da época. Andréia prestava pequenos serviços junto aos vizinhos e aos caravaneiros, Ana e Elisabeth ajudam Maria na confecção de bordados, que aprendera entre as jovens de Sião de Jerusalém. Os filhos de José resultantes do primeiro casamento (Viúvo), Eleazar, Matias e Cleófas (conhecido por Simão), mantinham um afeto puro de mãe por Maria.

João o evangelista levou-a para Éfeso, já bastante idosa, onde desencarnou, mas antes do desencarne transmitiu os mais puros sentimentos de ternura, amor em homenagem ao filho Jesus crucificado, exausta pela idade, descansou, libertando-se desta matéria grosseira e opressiva. Nas doze tribos de Israel, havia um homem muito rico, de nome Joaquim, que fazia suas oferendas em dobro, dizendo: “O que sobra ofereço para todo povoado, e o devido na expiação de meus pecados será para o Senhor a fim de ganhar-lhe as boas graças”. Rubem se colocou à frente de Joaquim afirmando-lhe: “Não te é lícito oferecer tuas dádivas, enquanto não tiveres gerado um rebento em Israel”.

Na realidade Joaquim não havia tido posteridade em seu povoado, lembrou-se de Abraão, que o Senhor, lhe deu Isaac, em seus derradeiros anos de vida. Atormentado Joaquim se retirou para o deserto, onde jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, dizendo a si mesmo: “Não sairei daqui para minha casa, nem sequer comer e beber, até que não me visite o Senhor meu Deus; que minhas preces me sirvam de comida e bebida”. Ana sua mulher, já desesperada dizia: Chorarei minha viuvez e minha esterilidade”. As lamentações de Ana foram tristes e dolorosas, como esta: Ai de mim! A quem me pareço eu? Não às bestas da terra, pois que até estes animais irracionais são prolíficos ante teus olhos, Senhor”. Ai de mim! A quem me igualo eu? Nem sequer a esta terra, porque ela também é fecunda, dando seus frutos na ocasião própria, e te bendiz a ti, Senhor”.

Um Espírito de Deus se apresentou a Ana dizendo-lhe: “Ana, Ana, o Senhor é bom e escutou teus rogos: conceberás e darás luz e de tua prole se falará em todo o mundo”. Ana agradeceu, e dois mensageiros chegaram até ela e disseram: “Joaquim teu marido, está de volta com seus rebanhos, pois que um Espírito de Deus desceu até ele e lhe disse: Joaquim, Joaquim, o Senhor escutou teus rogos; volta, pois, que Ana tua mulher, vai conceber em seu ventre”. Assim foi feita a Vontade de Deus, e Joaquim repousou naquele primeiro dia em sua casa. Depois de nove meses Ana deu luz a uma menina, e pôs o nome de Maria, dizendo: “Minha alma foi enaltecida”.

Foram dadas muitas graças ao Senhor Deus. Quem dará aos filhos de Rubem a notícia de que Ana está amamentando? Ouvi, ouvi, ó Doze Tribos de Israel: Ana está amamentando. Quando Maria completou doze anos, os sacerdotes reuniram-se para deliberar, dizendo: “Eis que Maria cumpriu doze anos no templo do Senhor. Houve indagações sobre o futuro de Maria, eis que surge um Espírito do Senhor e diz:” Zacarias, Zacarias, sai e reúne a todos os viúvos do povoado, que cada um venha com um bastão, e o daquele em que o Senhor fizer um sinal singular, deste era será esposa.

Afirmaram aos que compareceram: A ti coube a sorte de receber sob tua guarda a Virgem do Senhor. José replicou: “Tenho filhos e sou velho, enquanto que ela é menina, não gostaria de ser objeto de zombaria dos filhos de Israel”. Maria casou-se com José e desse casamento surgiram os filhos de relação normal, se assim não os fosse Deus estaria derrogando sua própria lei”. Diante dos fatos expostos e aqui debatidos chegamos à conclusão, respeitando o sentimento elevado de alguns espíritas que, apoiados na teoria de Roustaing, consideram fluídico o corpo de Jesus, na verdade o nascimento do Mestre obedeceu às leis comuns da genética humana. Seu organismo era realmente físico.

Tratava-se de um organismo isento de qualquer distorção patogênica própria ou hereditária, pois descendia da mais pura linhagem biológica das gerações passadas, com magnífica expressão anátomo-fisiológica, o seu sistema nervoso era uma rede hipersensível entre o comando cerebral e os seus órgãos de relação.

Há quem afirme que lê era possuidor de uma síndrome rara a Hematidrose (Suava sangue). Estes aspectos aqui relatados são belos ensinamentos e passagens maravilhosas que pouca gente conhece, tais fatos não merecem descrédito, e sim crédito, já que foram repassados por Espíritos do Senhor e psicografados por médiuns de grande capacidade mediúnica. Não estou a inventar nada, sou apenas um espírita que gosta de escrever, pesquisar para aprender. Estudar é uma função digna inerente ao ser humano, através dela é que nos elevamos e aumentamos nosso conhecimento, se nós excutíssemos em nossas mentes como é bela esta virtude, jamais deixaríamos o amigo de todas as horas de lado (o livro faz parte de nossa vida através dele passamos a conhecer a essência da vida de uma maneira ou de outra).

Matérias Espirituais

Antonio Paiva Rodrigues

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Este blog tem por finalidade divulgar o jornalismo pelo Brasil e no mundo. Bem como assuntos doutrinários e espirituais.