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Espiritismo Redivivo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ESPIRITUAL, ESPIRITUALISTA E ESPIRITUALISMO:

ESPIRITUAL, ESPIRITUALISTA E ESPIRITUALISMO:

“Os dramas humanos sempre me ensinaram que, sem Jesus, jamais conseguiremos resolver os conflitos psicológicos que nos atormentam”. (Chico Xavier).

Três palavras de suma importância para o ser hominal, no entanto, poucos compreendem a finalidade, bem como a sinonímia das palavras acima expostas. O Espírito pela sua essência espiritual é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação. Como diz os Espíritos a Allan Kardec, são princípios inteligentes que povoam o universo. A palavra espiritualismo é usada no sentido oposto ao do materialismo; crença na existência da alma espiritual e imaterial. O espiritualismo é à base de todas as religiões. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que a matéria, é espiritualista. O espiritualista é o que se refere ao espiritualismo, adepto do espiritualismo.

É espiritualista aquele que acredita que em nós nem tudo é matéria, o que de modo algum implica a crença nas manifestações dos Espíritos. A palavra espiritual também é relativa ao espírito, àquilo que é incorpóreo alguns afirmam ser alegórico, místico, devoto, a vida espiritual, já na teologia subtende-se que seja algo do foro eclesiástico, isto é, opõe-se a temporal. Como podemos denotar pelas explicitações que as três palavras de uma maneira, ou de outra, estão interligadas. Para harmonizar mais as explicitações queríamos dar uma conotação especial ao Espírito da Verdade, que João, o evangelistas fala nos Evangelhos. O Espírito da Verdade é uma plêiade de Espíritos que, baixando em toda a Terra, diz: “Os tempos são chegados”, esclarecendo-nos sobre coisas que se achavam ocultas sob o véu da letra, nos mesmos Evangelhos. Mesmo sendo figuradas essas palavras, O Espírito da Verdade que Deus dá aos homens, é a verdade sempre relativa à inteligência dos que recebem e conhecimento lhes é revelado pelos Espíritos errantes em missão e pelos encarnados que, também em missão, recebem a inspiração divina por intermédio dos Espíritos Superiores que os assistem e guiam.

O Espírito da verdade que procede do pai é a luz, a ciência, a verdade que os Espíritos, assim errantes como encarnados, trazem aos homens, aqueles por meio da inspiração ou da ação mediúnica, ou por outros meios da palavra. No Espiritismo, o Espírito da Verdade é a própria voz do Cristo retificando veredas no encontro da larga estrada da Verdade. A 25 de março de 1856, o Missionário (Allan Kardec) toma conhecimento da existência do seu guia espiritual, A Verdade, que o protegeria e ajudaria sempre, assistindo-o quer diretamente, através de médiuns, quer pelo pensamento, forma esta que se tornou, mas tarde a única. Ideologia uma palavra fundamental na vida hominal, que na filosofia refere-se à ciência que trata da formação de ideias, podendo ser um tratado das ideias em abstrato, ou a maneira de pensar própria de um indivíduo ou grupo de pessoas. Aqui não iremos inserir a nossa opinião própria sobre os temas que constarão da matéria, mas a opinião de estudiosos no assunto, e entre elas podemos citar o nome de A. Mattos, que nos presta uma grande colaboração na cronologia do que vamos expor para os leitores.

Pelos idos de 3.500 anos antes de Cristo, o Paganismo, politeísmo, Panteísmo e o Espiritualismo já se faziam presentes na vida hominal. O paganismo que significa o culto a vários deuses e deusas, é a mais antiga manifestação religiosa conhecida. Está registrada no primeiro livro da humanidade. “O Livro Egípcio dos Mortos” e “A Magia Egípcia”, os dois estão circulando desde o ano de 1.500, antes de Cristo. Os sacerdotes e magos faziam a transmissão oral. Na África existem tribos pagãs. O Judaísmo vem desde 2.000 anos, A.C., um dos movimentos em favor de uma divindade única, Yahveh, que significa “Eu sou o que sou”. Abraão, o fundador do judaísmo transformou a figura de Yahveh, em Deus de Israel. O Velho Testamento faz parte da cultura hebraica, e está reunido em 46 livros, na religião Protestante o V.T foi - resumido para 39 livros, uma subtração de sete livros. Escrito a partir de 1250 a.C., constituem com o Novo Testamento, os fundamentos da civilização Ocidental, porém, a base está no Torá ou Lei de Moisés, constituída de Gênesis, Levítico, Números e o deuteronômio. Poderíamos ir às entranhas do Bramanismo e no Hinduísmo, mas somente citaremos que o conjunto de ensinamentos politeístas, está registrado nos quatro livros dos Vedas, ou Livro dos Ensinamentos, originários da índia.

O Bramanismo evoluiu para o atual Hinduísmo, que muitos afirmar ser um sistema de crenças muito complicado. Há 600 anos, antes de Cristo surge o Taoismo fundado por Lao Tsé, autor do livro Tao Te King, sendo Tao correspondente ao Infinito, Te ao Caminho, e King igual a Livro. Um livro muito bom para quem deseja ter a mente limpa, aberta e tranquila, pois os ensinamentos do livro são os especificados. A evolução se dá através de várias passagens da vida (Yang) para a morte (Yung). Nas nossas conotações podemos citar o Confucionismo, em 600 anos antes de Cristo, o Budismo, 500 anos A.C., o Cristianismo sendo a maior religião do mundo em 30 depois de Cristo. Livro (Novo Testamento), um conjunto de 27 livros escritos em torno de 100 anos D.C., que junto com o Velho Testamento, constituem a conhecida Bíblia. A Yoga surge em 300 D.C., sendo um conjunto de ensinamentos de Pataner, o fundador do Yoga Real, chamados de Yoga Sutras, segundo os quais os sofrimentos hominais se devem à falta de consciência de Deus, sendo que esta pode ser atingida através de uma disciplina mental.

Em sânscrito (antiga língua da família indo-europeia; a língua clássica da Índia, e do Hinduísmo, em que está escrita a maioria da sua literatura desde os Vedas), significa “Disciplina” e “União”. Em 622 D.C., vem o Islamismo fundado por Maomé, cujo livro principal é o Corão, ou Alcorão. (Al Quran), é considerada a “Bíblia” do Islã, um livro com 114 capítulos, chamados de “Suras” ou “Suratas”. (divisões do livro). O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação. Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de contá-los. A sura maior é a segunda, com 286 versículos; as (suras) menores possuem apenas três versículos. Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicio do texto, como por exemplo, A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não se deve pensar que o conteúdo da sura esteja de alguma forma relacionada com o título do capítulo.

Ressalte-se que o Alcorão não foi escrito por Maomé, que era iletrado, mas por seus seguidores. Eles aceitam Abraão Moisés, Cristo e outros como profetas. Em 1517 vem o Protestantismo criado por Martinho Lutero, um frade católico alemão, que defendia as suas 95 Teses, que resolveu publicá-las em 1517. Surgem com o protestantismo: luteranismo, Batistas, Pentecostais, Mórmons, Metodistas, Testemunhas de Jeová, Evangélicos, Adventistas entre outras.  Em 1848 surge o Ateísmo, embora existente há muito tempo. Ele cresceu com o Manifesto Comunista de Karl Marx, de 1848, que criou o movimento ateu de grande amplitude. Marx rechaçou a ideia de Deus e de religião afirmando ser esta o “ópio do povo”. Hoje apenas três países são totalmente ateus: Cuba, Coreia do Norte e China Ocidental. Em 1857- O espiritismo, criado por Denizard Hippolyte Léon Rivail (1804-1869). Em 1853, estranhos fenômenos se manifestam em Paris (França): mesas se levantam, giram e dão batidas no chão, sem qualquer interferência de pessoas ou equipamentos.

Muitos curiosos vão visitar o médium Baudin em sua casa, onde tais fenômenos aconteciam. Levado por um amigo, em 1854, Denizard Hippolyte Léon Rivail, um professor universitário formado na Suíça, vai ver os estranhos fenômenos e constata se tratar de fatos novos, ainda inexplicados pela Ciência, e que contrariavam as Leis da Física, como o caso de um objeto que, ao levitar, conflita com a Lei de Gravitação de Newton. Após anos de estudos, o professor Rivail, já sob o pseudônimo de Allan Kardec, publica em 1857, o primeiro livro de uma série de cinco, “O Livro dos Espíritos”, conhecido logo após como “Doutrina Espírita”, Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o espiritismo, o Céu e o Inferno e a Gênese. A comunicar com os Espíritos, o ponto forte da religião. “Obras Póstumas” não foi (publicado) na época, pois Kardec desencarnou antes de concluí-lo, seria o sexto livro da Codificação Espírita que foi concluído por sua esposa Madame Amélie Gabrielle Boudet.

1866-Roustainguismo. Por ocasião do ato de fé de Barcelona (episódio da fogueira da Inquisição), Kardec contrata os serviços de um advogado de Bordeaux, famosa região vinícola na França, para defendê-lo, o que foi feito com brilhantismo frente às cortes espanholas. Entretanto, após ter estudado a doutrina de Kardec, necessário para a devida defesa, Jean Baptiste Roustaing (1805-1879) resolve, por conta própria, usar os mesmos métodos de Kardec (Comunicação com os Espíritos), através do auxílio da médium Emille Collignon, sua amiga.  O resultado é a publicação, em 1866, de três livros sob o título “A Revelação da Revelação”, onde Roustaing reinterpreta os quatro Evangelhos à luz do espiritismo, competindo diretamente com um dos livros de Kardec “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de 1864. Roustaing nega o nascimento de Cristo sob a forma humana normal, Essa nova doutrina chama-se “roustainguismo”.

Em 1875 surge a Teosofia. Criada ou fundada por Helena Petrovina Blavatsky (1831-1891), ou Madame Blavatsky nasceu na Ucrânia, descendente de uma família nobre de russos. Seguidora de Allan Kardec deixa o Espiritismo e cria em 1875, a sua doutrina, a Teosofia. Em 1877 lança sua primeira obra, “Isis Revelada”( Isis era a deusa da fertilidade no antigo Egito). Em 1887 cria a revista Lúcifer, em Londres, e em 1888, lança sua Obra básica, “Doutrina Secreta”, sobre a criação do Universo, a evolução do gênero humano e a origem das religiões. Uma de suas ideias baseia-se no bramanismo hindu (Mahatmas) é que “o Cristianismo” é uma forma de blasfêmia” e a causa da separação entre as religiões do Oriente e do Ocidente. Em 1888 o Museu Britânico adquire o primeiro livro da Humanidade, o “Livro Egípcio dos Mortos”, datado de 1.500 A.C., contendo referências a Isis, Osíris e Horus e a outros deuses egípcios.

Em 1887 surgem o Ocultismo e o Esoterismo. Papus (Gérard Encausse, 1865-1916) médico espanhol que exerceu suas atividades na França. Ele era seguidor da Madame. Blavatsky abandona-a por discordância. Não concorda com a ênfase dada ela ao ocultismo oriental. Sendo maçon, cria a Ordem dos Superiores Ocultos em 1891, em cujos ritos se baseiam tendo como modelo os antigos rituais maçônicos. Ele não se adapta a maçonaria por considerá-la ateísta. Seus livros versam sobre ciências ocultas, tarô, magia e numerologia. Depois muda o nome de Ocultismo para Esoterismo. A obra básica do Esoterismo é o “Tratado Elementar da Ciência Oculta”, de 1887. Em 1908 surge uma corrente criada pelo padre Alfred Firmim Loisy (1857-1940), nominada de Modernismo Bíblico. Professor de Teologia no Instituto Católico de Paris é excomungado em 1908 pelo Papa Pio X, por ter publicado estudos que colocam em dúvida a autenticidade dos Evangelhos. Os autores de dos Evangelhos, escritos após o ano 70 depois de Cristo foram adulterados demais com o passar do tempo, e os que não conheciam Cristo compilaram o que se contava na época, além do mais, a cada cópia Manual, o copista podia alterar o texto original, pois haviam centenas de cópias diferentes em circulação. O padre também levanta dúvidas se Jesus Cristo teria mesmo existido. Uma das suas principais obras é “La Naissance du Christianisme”, de 1933. O Papa Pio X, na longa encíclica de 1907, “Pascendi Dominici Gregis” (Pastoreando a Comunidade do Senhor), denomina esse Movimento de “Síntese de Todas as Heresias”. No Mar Morto, na primavera de 1947, em Qumrãn, pastores beduínos descobrem, em onze grutas, mais de 1.500 rolos de pele e papiros manuscritos, datados da época de Cristo. Encontraram também as ruínas de um mosteiro que havia sido ocupada por uma comunidade religiosa, Os Essênios, uma dissidência judaica, desde o século II A.C., até o ano de 70 D.C., quando os romanos destruíram Jerusalém, os manuscritos ficaram conhecidos como “Os Manuscritos do Mar Morto”, que traziam esperanças para o cristianismo, no sentido de se ter mais provas científicas da existência de Cristo. Os Essênios surgiram 100 anos antes de Cristo. Dessa forma, se livros sagrados negando a existência da história de Cristo correspondessem à verdade dos fatos, o Cristianismo teria sido o primeiro movimento ideológico, de grande envergadura, a surgir “espontaneamente” entre o povo sem ter havido qualquer líder ou ideólogo para propagar e defender as suas ideias.

Em 1913 surge a Antroposofia. Rudolf Steiner ( 1861-1925)nasceu na Croácia, era doutor em Filosofia e profundo conhecedor do poeta alemão Goethe. Também seguidor da Mme. Blavatsky foi secretário geral da Sociedade Teosófica Alemã, em 1902.  Em 1907 organizou um congresso Mundial em Munique. Em 1913 decidiu abandonar a Teosofia e criar o seu próprio movimento, a Antroposofia, base da Pedagogia Waldorf, onde as crianças só estudam quando sentem vontade. Em 1920 instituiu a Medicina Antroposófica. Publicou mais de 350 livros. E finalmente o Monismo. MONISMO- O Monismo é bem recente, pois surgiu em 1927 com Pietro Ubaldi. Filho de família nobre italiana abriu mão de sua enorme herança e resolveu levar uma vida baseada unicamente em seu próprio trabalho. Formou-se em Direito em Roma. Depois se dedicou ao ensino da língua inglesa em uma escola pública. Já em 1927, aos 41 anos de idade, inicia sua atividade de escritor, produzindo 24 livros, a metade escrita em italiano e a outra metade escrita no Brasil, mais precisamente em São Vicente, município de São Paulo., para onde se mudou em 1952.

Sua grande obra foi “A Grande Síntese: Síntese e Solução dos Problemas da Ciência e do Espírito”, um título em nada humilde. Sua filosofia é monista, advogando ser o Universo constituído de um Principio Único. (Grifo nosso). Como ele afirmava “O Universo é um organismo de estrutura harmônica, constituído conforme um esquema unitário, pelo que o modelo fundamental, que o individualiza no seu conjunto, é repetido em todo particular, que assim é individualizado à semelhança do todo”. (Livro “Problemas do Futuro”). De linha Kardecista, suas ideias nem sempre acompanhavam a Doutrina espírita, pois, afirma ele, “O Espiritismo corre o perigo de ficar parado no nível de Allan Kardec, como o catolicismo ficou nível de São Tomás e o Protestantismo no nível da Bíblia. Ele se auto-considera o “continuador dos ensinamentos de Kardec”. No entanto seus livros possuem dois senões: É obra de uma única pessoa( ele mesmo) o que requer um espírito muito avançado para tratar sozinho de praticamente todos os assuntos existentes. Seus argumentos ferem a lógica humana, quando indaga: “Deus Existe”. Poderia ter inserido no seu questionamento uma prova de materialismo ateu que O nega(...), portanto se negamos uma coisa é porque ela não existe. “A negação de Deus prova a Sua existência”( “Princípios de uma Nova Ética, Cap. 1 pg. 3 “Deus – Duas Concepções”)Com essa lógica, poderíamos, por exemplo, provar que existem 58 planetas em torno do sol: bastaria negar que eles existem... De fato, Deus não pode ser fruto de nossa limitada lógica( Teorema de G6odel) nem da restrita Ciência humana. Deus não se demonstra: Deus se percebe. O maior contestar de Pietro Ubaldi foi o jornalista espírita e escritor J. Herculano Pires.

Pietro Ubaldi desencarnou no Brasil aos 85 anos de idade, na sua obra “A Grande  Síntese”, recebera intuitivamente da Alta Espiritualidade e cuja Entidade ele fazia conhecer com o pseudônimo de “Sua Voz”. Foi considerada por alguns como uma grande obra mediúnica, tendo sido traduzida por Guillon Ribeiro e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira. Os outros livros de Ubaldi não eram considerados mediúnicos. O próprio Chico Xavier através de psicografia do Espírito Emmanuel a chamou de “O Evangelho da Ciência”. Com o passar do tempo e do frenesi causado, as lideranças espíritas notaram que alguns conceitos ubaldinos conflitavam com o Espiritismo e os livros de Ubaldi passaram a ser vistos com reserva. Apesar de uma admiração inicial pela Obra de Pietro Ubaldi, Herculano Pires foi o primeiro a apontar, publicamente “falhas de percepção e alguns desajustamentos” na obra máxima do sensitivo (Relativo aos sentidos, que tem a faculdade de sentir, que recebe ou transmite impressões dos sentidos)  italiano.  E mais tarde assumiria atitude enérgica em relação às pretensões e críticas de Pietro Ubaldi á Obra da Codificação.

Por ocasião do Sexto Congresso Espírita Pan-americano em outubro de 1963 em Buenos Aires. Ubaldi enviara ao Congresso uma tese (Libro del Sexto Congresso, págs. 296-304, editado pela Confederação Espírita Panamericana em 1964), cujo teor os ubaldistas de São Paulo divulgaram antes pela imprensa profana e cujas conclusões insólitas são estas: 1-O Espiritismo estacionou na teoria da reencarnação e na prática mediúnica; 2) Não possuindo “um sistema conceptual completo”, não pode ele ser levado a sério pela cultura atual; 3) A filosofia espírita é limitada, não oferece uma visão completa de todo e “não abrange todos os momentos da lei de Deus”; 4) O Espiritismo não construiu uma “Teologiaespíritocientífica”, que explique o que a católica não explica; 5)O Espiritismo corre o perigo de ficar parado no nível Allan Kardec, como o catolicismo ficou no nível São Tomás e o protestantismo no nível da Bíblia. E para “salvar” o Espiritismo, Pietro Ubaldi propunha que seus livros fossem adotados pelo movimento doutrinário... Herculano Pires, com a rapidez que o assunto exigia, redigiu um artigo que fez publicar no “Diário de São Paulo” e na “Revista Internacional do Espiritismo” do qual destacamos o seguinte trecho( ele ignorava, até então, que o Congresso de Buenos Aires rejeitava a proposta de Ubaldi): A sua crítica ao Espiritismo, resumida nos cinco pontos acima epigrafados, coincide com a dos adeptos menos instruídos da doutrina e pode ser respondida, ponto a ponto, por qualquer adepto de inteligência e cultura medianas, que conheça a Doutrina Espírita”. O oferecimento de suas obras ao Espiritismo revela desconhecimento da natureza da nossa doutrina e das exigências metodológicas para a aceitação da proposta, que não cobre essas exigências. Ubaldi desenvolveu suas faculdades mediúnicas à margem do espiritismo. Seu grande livro apresenta curioso paralelismo com o Espiritismo, o que lhe valeu a simpatia e a amizade dos espíritas brasileiros. Sempre se recusou a filiar-se ao espiritismo, filiando-se a corrente ultrafania, do professor Trespioli, que pretende haver superado a concepção espírita. A palavra fânica quer dizer; pequenos lucros ou ganhos casuais; migalha, mínima, pedacinho, faniquito.
]Suas pretensões transformaram-no, de simples médium, em autor messiânico, agora arvorado em reformador do Espiritismo. A Filosofia espírita não pode abranger o Todo e muito menos “todos os momentos da lei de Deus”, porque isso não está ao alcance de nenhuma elaboração mental, no plano relativo da vida terrena. O “nível de Allan Kardec não é do Espiritismo, mas sim do Espírito da Verdade. Assim Herculano Pires encerra seu artigo: Se Ubaldi tivesse lido O Livro dos Espíritos, certamente jamais faria a proposta que fez, mesmo porque a sua obra, como a de Flammarion, a de Delane, a de Denis, a de Bozzano e tantas outras, longe de completar o Espiritismo, apenas procura desenvolver alguns dos grandes temas que o espiritismo levantou e sustenta no mundo moderno. Pense nisso!
Bibliografia:
1)   O Livro dos Espíritos de Allan Kardec;
2)   O caso Pietro Ubaldi com Herculano Pires
3)   Espiritismo de A a Z da FEB( Federação Espírita Brasileira)
4)   A Pedra e o joio de José Herculano Pires
5)   O Verbo e a Carne de José Herculano Pires
6)   Pesquisas diversas do autor

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE- DA UBT E DA ACE








sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A INVEJA, O EGOÍSMO E A SOBERBA.

A INVEJA, O EGOÍSMO E A SOBERBA.

“Se eu não tivesse encontrado Jesus no Espiritismo, eu não teria ficado...” “Creio que revelações de caráter científico não sejam de alçada da mediunidade,” (Carlos A. Baccelli).

No decorrer dos tempos, muitos seres humanos têm mostrado sua carapuça, na intenção de prejudicar o seu próximo, aliás, o Mestre Jesus Cristo, quando aqui esteve, mostrou com todas as nuanças, como se deve proceder em relação aos nossos irmãos, seja em relação à raça, ao credo e a condição social. A Trindade acima epigrafada mostra muito bem e com estilo emoldurador, como agem determinadas pessoas no convívio do dia a dia hominal. Muitos usam a soberba para a promoção pessoal, atropelando todas as diretrizes éticas, e colocando como partilha suas aquisições materiais, acima das espirituais.

Ser isso, ou aquilo, é toda a razão de ser dos egoístas de plantão. A inveja vem imantando críticas aos que querem crescer à custa de seus esforços, e de suas habilidades, e do uso correto da massa cinzenta, que o Pai Maior nos deixou de legado. Simplicidade acima de tudo, eis a questão. Aqui nesse mundo material, ninguém é superior a ninguém. Se todos tirassem a vestimenta diária, e expusessem a nudez com certeza à igualdade seria estampada no écran dos princípios éticos e humanos.
A única diferença seria nas condições físicas, pois uns seriam mais magros, outros mais gordos, uns mais belos, e outros menos. Só que o tempo mostraria aos incrédulos, aos invejosos, aos egoístas, e aos soberbos que essas condições de beleza corporal são passageiras. 

Na velhice, ou melhor, na terceira idade, a imantação do homem denigre o caráter, a dignidade e a razão da simplicidade, visto que aos chegarmos a essa condição, estaremos no mesmo nível.  A condição primordial para nos mantermos saudável, é simplesmente o instinto de conservação. A condição intelectual é motivo de relevância, mas nunca de soberba e de egoísmo. Ser intelectual é estar intelectual, pois na vida espiritual o viés mais forte é a bondade e a simplicidade. Cristo veio ao mundo com a missão de pregar a bondade, mas foi vítima do egoísmo, da inveja e da soberba dos reis da sua época. A inveja foi tamanha, que só restou ao Mestre à morte pela crucificação.

O Mestre sempre afirmava em suas pregações: “A Árvore que não der bom fruto merece ser cortada, e ateada ao fogo”, no entanto ele não foi bem entendido, pois a boa árvore era ele, e os que praticavam o bem. Mormente os que praticam o bem serem alcunhado de querer aparecer, Jesus tornou-se vítima dos gananciosos tendo como castigo a morte cruel. Jesus sempre será conhecido como a boa árvore que veio ao mundo nos ensinar a bondade e como devemos amar ao próximo, porém a relutância dos corações humanos tornou-se neófita diante de seus ensinamentos. (grifo nosso).

Nos tempos atuais, estamos sendo vítimas de autoridades e de pretensos intelectuais, que querem nos dizimar mostrando as suas garras, com ameaças contra os indefessos, pensando eles (as) que o poder é eterno. “Como dizia o grande e inesquecível Chico Xavier de saudosa memória; “Tudo Passa”; e nós acrescentaríamos o clichê popular de que: “Tudo passa e a vida continua“. Sede perfeitos como o Pai o é”. (grifo nosso). Lamentamos a estupidez dos que estão no poder que segregam os direitos inalienáveis das crianças, dos menos aquinhoados, dos estropiados, dos pedintes, dos prostituídos, dos cidadãos, dos trabalhadores, e dos pais de famílias.

O que fazer para melhorar o écran do nosso País, eliminando a corrupção, a lavagem de dinheiro, a formação de quadrilha, o proveito próprio nos mais altos escalões do governo brasileiro? A impunidade campeia no meio político, e os escaninhos do mal se alastram nas atitudes tomadas que na real observância, nunca tiveram teor direcionado para o social. Sempre quando indagados pelos órgãos de apuração de delitos se dizem inocentes. “A crença na vida depois da morte é tão importante para a existência do homem na Terra quanto o ar que ele respira; sem perspectiva de caráter espiritual, no que se refere à própria sobrevivência, o homem não se civilizaria...” (Carlos Baccelli).

Os países do primeiro mundo ao exacerbarem suas riquezas, explorando as nações mais pobres, hoje sofrem com as duas leis infalíveis que Deus deixou a disposição do hominal, a Lei de Ação e Reação ou de Causa e Efeito. Enquanto o homem teimar em não aceitar o poder da espiritualidade em suas ações estará fadado ao insucesso. Todos nós sabemos de que existe uma luz no final do túnel, mas sua Inteligência e perspicácia é saber a hora de alcançar o brilho dessa luz. Essa luz não representa o heliotropismo, mas a hercúlea incursão, e a insofismável vontade de vencer, e aniquilar os insuflantes atos geênicos, atos deletérios de alguns seres humanos.

Muitos vivem sob a égide da pusilanimidade repoltreando e recalcitrando atitudes espúrias de homens indolentes, que vieram a Terra com uma única missão, massacrar os menos lastreados e com atitudes frustradas, pois não usam a razão e sim os movimentos peristálticos do mal. Onde eles estão? Em todo lugar com certeza. O pélago está aí e ao primeiro passo manobrado pelo oblívio, poderá oticar as ações do bem e ao som da presciência que jornadeiam nossas vidas e poderemos sucumbir a qualquer momento, ao menor esforço, pois os incursos dos aproveitadores são viris e para eles a extasia é ponte forte. A ditadura nunca esteve em evidência como nos dias atuais.

Existe ditadura hoje? Sim existe! Não seria necessário ter boa visão, mas simplesmente tentar recalcitrar os atos insanos de governantes ditadores, pois suas mentes são ubertosas, e a tonteria se agregou nos governantes que dirigem a nação em pleno século XXI, mas precisamente no ano que se finda. Esse ano foi de sofrimento para o povo e ficará marcado para sempre em nossas memórias, o ano de 2011. Por isso, a nossa fraternal advertência para que não te deixes enredar nos tentáculos cavilosos da inércia. Deixa, sempre acessas as luzes diluidoras de tua ignorância, na certeza plena e absoluta, de que a tua felicidade está em tuas mãos. 

Mas estas terão que estar em movimento regular e constante na construção de ti mesmo: trabalho e estudo! Caro irmão Reynaldo Leite: compreendemos que na fé raciocinada, adornada de amor-perfeito, obteremos aquilo que necessitamos ao bem-estar fisiopsiquico. A ideia do grande tesouro que a todos nos compete é encontrar, a paz. Pense nisso!
  
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA AVSPE- DA UBT E DA ACE.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESPÍRITOS SERES INTELIGENTES QUE POVOAM O UNIVERSO

ESPÍRITOS SERES INTELIGENTES QUE POVOAM O UNIVERSO

“Acredito, portanto, que a alma não poderia viver sem corpo algum”. (Santo Agostinho).

Segundo preceitua Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, a alma é um espírito encarnado. Muitos confundem alma como espíritos desencarnados. Nos mesmos ensinamentos ele define Espírito, como o princípio inteligente que povoa o Universo. “Temos lido com certa frequência “Caibar Schutel”, por Faustino Ribeiro Júnior (Professor), onde ele fala sobre “Polêmica Religiosa”, Espiritismo e Protestantismo, em face dos evangelhos e da ciência”. Um livro muito esclarecedor e que os que acreditam ou não na espiritualidade deveriam passar suas visões nesse tomo, e ficar ciente das nuanças que envolvem fatos religiosos narrados no Antigo Testamento (AT) e no Novo Testamento (NT). O Espírito humano é a obra prima, a suprema criação de Deus. Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. Somos um templo vivo em construção, através de cujos altares a grandeza divina, se expressará no infinito.

Figuradamente o espírito humano é um “pescador” dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o “barco”. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com Cristo. O Espírito da Verdade – Esse Espírito de Verdade é a plêiade de Espíritos que, baixando em toda a Terra diz: “Os tempos são chegados, esclarecendo-nos sobre coisas que se achavam ocultas sob o véu da letra, nos mesmos Evangelhos”. São afiguradas estas palavras.

O Espírito de Verdade, que Deus dá aos homens, é a verdade sempre relativa à inteligência dos que a recebem e cujo conhecimento lhes é revelado pelos Espíritos errantes em missão e pelos encarnados que, também em missão, recebem a inspiração divina por intermédio dos Espíritos superiores que os assistem e guiam (...). O Espírito da Verdade que procede do pai é a luz, a ciência, a verdade que os Espíritos, assim errantes como encarnados, trazem aos homens, aqueles por meio da inspiração ou da ação mediúnicas; ou por outros meios da palavra. No Espiritismo, o Espírito da Verdade é a própria voz do Cristo retificando veredas no encontro da larga estrada da verdade. Na “parábola da figueira”, (Marcos, XI, 12 a 23) o Sr. Prof. Faustino encontrará a sentença do Mestre para aqueles que têm a fé sem as obras, pelo que se conclui que a fé sem as obras nada representa no Grande Código de Legislação Divina. Querendo prevalecer a sua doutrina diz o ilustre moço: “Não conseguiu o bom ladrão, salvar-se, num momento de contrição e arrependimento”? “Depois de haver cometido tantas maldades, não alcançou S. Paulo a salvação no Caminho de Damasco para Jerusalém”? “Não prometeu Cristo imediatamente a salvação ao mancebo rico, mediante a condição do emancipar-se do egoísmo, distribuindo seus haveres aos pobres”? “Não perdoou Ele os pecados ao paralítico, mandando que seguisse e levasse a sua cama”?

 “Se porventura este questionário é bastante perguntamos ao ilustre moço: “Se porventura, o aluno de pior comportamento e má aplicação que s.s tem em sua escola, num momento de reflexão se arrependesse de suas faltas e implorasse de  s.s, o perdão para elas, o que faria o ilustre professor apesar de toda a bondade que o caracteriza? Aqui nos vemos com toda a clareza as interrogações do professor Faustino sobre posicionamentos da Doutrina Espírita, colocando as suas em primeiro lugar como se o mesmo fosse o dono da verdade. Como nós sabemos a Doutrina Espírita têm respostas para todas as dúvidas, mas a incredulidade do homem é brutal e grosseira. “Ataca de novo o prof. Ribeiro:” Não há, portanto, fim providencial que justifique tais fenômenos.

E o mesmo que o Criador quisesse desvendar aos homens o mundo incognoscível, não seriam por certo, por meio de manifestações frívolas de mesas girantes, de toques de tambores, gaitas, bandolins, campainhas e trombetas, manifestações incertas.  Protestante protesta de tudo, até de coisas que não são de seu conhecimento. Ele esquece que, na transfiguração de Jesus no Monte Tabor, em companhia de Pedro< João e Thiago, O mestre conversa com os Espíritos materializados de Elias e Moisés, Pedro vendo a cena, indaga ao Mestre se é necessário armar mais duas tendas para os visitantes, então Jesus diz a Pedro que não há necessidade, e os dois Espíritos desaparecem. Esse fato está implícito na Bíblia, mas os pretensos estudiosos fazem-se de cegos para melhor passarem.

Os povos da antiguidade com as almas que ainda habitam este planeta têm concebido Deus de acordo com o seu progresso moral e intelectual. Os judeus só podiam conceber o irascível Jeová que punia a te a 3ª. E 4 ª. Geração, o Senhor dos exércitos que se achava à frente dos Filisteus na derrota das forças de Saul. Queria informar aos leitores que as conotações aqui colocadas são contrapontos de Caibar Schutel, mostrando as incríveis contradições de F. Ribeiro Júnior. Um moço que se diz conhecedor das modernas teorias da Ciência Oculta, e admirador da Ciência Positiva do Ocidente, vir em pleno século XX pregar o “temor a Deus”! A doutrina de Cristo manda “Amar a Deus” e não temê-Lo. Aquele que é só justiça, Bondade e Misericórdia não deve ser temido de ninguém. O assunto é palpitante, pois assim os protestantes tentam e não consegue derrubar os postulados dos próprios Espíritos Superiores repassados a Kardec, visto que ele foi apenas mediador do que afirmaram os Espíritos. O verdadeiro homem de ciência é aquele que reconhecendo o falso caminho que trilhava, o aponta à humanidade como incapaz de conduzi-la ao fim almejado.

O professor Faustino em seus artigos, ora diz que Allan Kardec não criou uma doutrina nova, ora que além do Espírito, Kardec inventou o Perispírito. Alexandre Aksakof pela ciência humana de mais de 30 anos, fez uma descoberta notável, de que o homem além da matéria grosseira que reveste seu corpo, ainda é possuidor de um corpo semi-material que ele chamou de Corpo bioplasmático. Já o cientista inglês, William Crookes, conseguiu a proeza de medir a pulsação do espírito materializado de Kate King. Os neófitos em ciência falam em muitas bobagens, mesmo a Bíblia estando repleto de fenômenos mediúnicos.

Como a sinonímia “Mediunidade” nasceu com a criação do Espiritismo, os médiuns do Antigo Testamento eram chamados de profetas e passavam o dia profetizando, ou seja, se comunicando com os desencarnados do mundo espiritual. Onde a força que há no amor é assunto que não me cabe à origem certa do amor, somente Deus é quem sabe. O Polêmico professor, afirma que suas conotações sem nenhum respaldo científico de que O Espiritismo para ser uma doutrina Cristã, há de aceitar as Escrituras, sem restrições. Ora, as Escrituras condenam positivamente a evocação dos mortos. “Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem advinhador, nem prognosticador, nem feiticeiro”.

“Nem encatador de encantamentos, nem quem pergunte a um Espírito adivinhante, nem mágico, nem quem pergunte aos mortos”. “Pois todo aquele que faz tal coisa é abominável ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu deus as lança fora de diante dele ( Deuteronômio, cap. 18v.v 10, 11. 2e 12). Onde fica Jesus nesse história, se ele próprio conversou com “dois mortos” no Monte Tabor. Vejam: “Depois de haver recorrido a muitos meios, Saul sem resultado para se livrar da perseguição diabólica, dirigiu-se a uma médium ( pitonisa) de Endor, a fim de evocar o espírito de Samuel, no desejo de ser socorrido por este. Antes que o professor Faustino prossiga nas transcrições de passagens do Antigo Testamento que não vêm ao caso da discussão, bom é declararmos ao ilustre moço que aceitamos as Escrituras como um livro histórico que encerra verdades inconcusas, sem, porém, darmo-lhes a infabilidade com que as quer presentear o generoso moço. Não negamos as portentosas revelações divinas que contém esse grandioso livro, mas preciso se torna que nos não esqueçamos que a frágil mão do homem não vacilou de enxertar nas páginas deste livro débeis concepções que têm trazido a confusão nos espíritos.

Além disso, não pode ter a Bíblia a infabilidade que lhe empresta o distinto moço porque entre o Antigo e o Novo Testamento há enorme diferença a ponto de serem revogadas por este leis exaradas naquele. Todo o Antigo Testamento foi revogado por Jesus. A Lei mosaica foi posta a margem desde o dia em que teve lugar o grande epilogo do calvário. Caibar Schutel x Faustino Ribeiro Júnior, o primeiro seguro de si, e o outro com suas polêmicas afirmações que na realidade não se enquadram na verdade da história religiosa. O Espiritismo adota sim “O Evangelho segundo o Espiritismo”, com as passagens de Matheus, Lucas, Marcos e João. E estas passagens deveriam ser a Bíblia dos Cristãos, já que o Antigo Testamento é patrimônio religioso da religião Judaica.

O trabalho em alusão teve como fonte de pesquisa “Espiritismo e protestantismo em face dos evangelhos e da ciência, a própria Bíblia e o Espiritismo de A a Z da Federação Espírita brasileira”. “crença na vida depois da morte é tão importante para a existência do homem na Terra quanto o ar que ele respira de caráter espiritual, no que se refere à própria sobrevivência, o homem não se civilizaria”... (Chico Xavier). Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE- DA UBT E DA ACE

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PALAVRAS DO MESTRE JESUS

PALAVRAS DO MESTRE JESUS

“Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte. Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heroica bondade.”

Analisando os problemas atuais notamos de pronto, que o ser humano não traduz com certa compreensão, as palavras que estão implícitas na Bíblia. Para muitos, o Livro é considerado Sagrado. Entendemos, porém, como sagrado àquilo que não se profana, ou se modifica, ao prazer hominal. A Bíblia é um desses exemplos, principalmente quando sabemos que da original e mais antiga, foram subtraídos sete livros, é o caso da Bíblia dos católicos que é composta por 73 livros, e a dos protestantes por seis, sete livros a menos.

Se nos aprofundarmos mais no estudo bíblico veremos que “Testemunhas de Jeová”, (grifo nosso) são “neófitos” em se tratando da história da própria religião, pois afirmam com convicção que a religião deles foi fundada, ou criada por Jesus Cristo. Veremos que a religião em alusão foi fundada por Charles Taze Russel, nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), em 1874. (grifo nosso). Convém salientar que Jesus Cristo não criou nenhuma religião, elas foram objetos do ser hominal. No Canadá, em pleno Tribunal, jurou conhecer a língua grega. Por essa afirmação Russel recebeu o Novo Testamento (NT) em grego.

Citado senhor, foi condenado por perjúrio. Sua mulher o deixou em 1897, pois o acusava constantemente de adultério com duas mulheres, e também era conhecido por seus maus tratos. Um aspecto importante que merece destaque está implícito no período compreendido entre 1916 e 1948, visto que, As Testemunhas de Jeová mudaram as Sagradas Escrituras 148 vezes. Com esse ato dantesco os homens que se dizem religiosos profanaram a Bíblia. Hoje um amontoado de traduções deixa o leitor a ver navios, e sem compreender o estudo do livro. Indagamos: “Será a Bíblia mesmo um livro sagrado”? Na realidade muitas religiões modificaram o seu teor no decorrer dos tempos.

 Na realidade o pastor João Ferreira de Almeida afirma ter cometido dois mil erros quando tentou traduzi-la, para a língua portuguesa. Com todos esses senões, belos ensinamentos podem ser encontrados quando lemos esse fabuloso livro. “Imediatamente ele começou a ver de novo e o seguia, glorificando a Deus. E o povo todo, que presenciou isso, louvava a Deus”. (Lc 18,43).

Imaginamos a festa de plena e pura alegria de um deficiente visual total voltar de novo à visão. E que espanto para si e para os que presenciaram essa cena incomum. Certamente Jesus devolveu-lhe as duas visões: a material que vê fora e a espiritual que vê por dentro e por fora. O que significa para cada um de nós seres humanos enxergar com os olhos do Espírito? Este ex- deficiente visual devia bailar de felicidade banhado na luz da percepção completa, interna e externa. Por isso louvava a Deus e levava os outros a fazerem o mesmo, contaminados pela beleza festa da visão do Todo, que era o próprio Jesus ali presente, pois ele “O seguia”.

Em Mateus 7:19 – “Toda árvore de não der bons frutos deve ser cortada e ateada ao fogo”.( grifo nosso). Será que Jesus quando se referia à árvore se fosse um vegetal estaria indo de encontro ao meio ambiente, pois as árvores nos dias atuais têm papel primordial na vida do homem, entretanto quando ele fala em árvore por meio de parábolas, se refere ao homem mau. Esse homem que tem o coração cheio de maldade deve ser exterminado do meio dos bons e ateado ao fogo, isto é, estará condenado ao inferno. Para os mais exigentes Jesus estaria condenando os maus a pena capital. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE – DA UBT- DA AVSPE- DA AOUVIRCE E DA A CE

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SINCRETISMO RELIGIOSO

SINCRETISMO RELIGIOSO

“Nas asas do puro idealismo surgem as ideias brilhantes, e as ações para transformar a vida dos integrantes. Nosso Mestre planejava em altos voos idealizava ações sociais importantes...”(Alba de Moura).

Sincretismo palavra de origem grega συγκρητισμός, (grifo nosso) que se refere originalmente a “coalização” dos cretenses, composto de σύν “com, junto” Κρήτη “Creta”, que se refere a uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja das crenças religiosas, seja nas filosóficas. Também podemos dizer baseado nos ensinamentos históricos, que a origem do sincretismo se deve a Plutarco no capítulo “amor fraternal” (grifo nosso) no seu (“Moralidades”) onde comenta que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim, por exemplo, de se unir a combater um mal maior. Creta  é a maio rilha e uma das treze periferias da Grécia. Está no Sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundo um mito, era naquela ilha que vivia o minotauro. A capital da ilha é a cidade de Iráclio. É formada por quatro prefeituras:Chania ;Rethymno ;Heraklion ;Lasithi . Provavelmente os povoadores de Creta eram arianos provindos da Ásia Menor .

Contudo, existem hipóteses de que fossem mediterrâneos devido à sua constituição física (baixos e morenos). A população era quase toda formada por pescadores e marinheiros. Creta é a maior ilha grega, tendo 8.336 km2. Então sincretismo é agir como os cretenses agiam unir coisas dispares apesar das diferenças a favor do que é semelhante (cretenses eram antes das diferenças cretenses). Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de outra religião. Quando o Império Romano  se dividiu em 395, Creta assumiu um papel importantíssimo pelo lugar central que ocupava e por estar incluída no 823-961Império Romano do Oriente, tendo sido um importante posto bizantino.

Entre 823-961 a ilha foi ocupada pelos árabes,tendo sido conquistada por Veneza  no decurso da Quarta-Cruzada. Estes teriam que defender a ilha das investidas dos turcos otomanos  durante o século XV .  Instalam-se na ilha em 1645  e acabam por conquistá-la totalmente em 1715 , introduzindo o islamismo. Tornou-se um estado autônomo em 20 de março de 1898 e independente em 6 de outubro de 1908, ficando a população dividida entre turcos e gregos. Esta é uma lista de soberanos Cretenses  na mitologia grega: Asterion , marido de Europa; Minos , filho de Zeus  e Europa  (Minos pode ter sido um rei mitológico ou pode ter sido um termo local para rei, semelhante à palavra faraó no (Egito); Deucalião , filho de Minos (ou de outro Minos) e Idomeneu , neto de Minos. É de suma importância que expliquemos que no período de decadência de Roma os povos germânicos começaram a entrar em seus territórios, de forma bem pacífica, e até amada, misturando as culturas cristãs romana com a mitologia germânica. Como Roma naquela época já se tornara cristã tentou cristianizar os germânicos, mas estes estavam muito atrelados a sua cultura.

As influências, principalmente em religião são notórias, o sincretismo também é comum à literatura, música, representações e várias expressões culturais. Podemos denotar isso quando analisamos o conceito de ecletismo. No significado mais simples e usual o ecletismo é o método que reúne teses de sistemas diversos. O professor Antônio Flávio Pierucci, do departamento de sociologia da USP, afirma que a umbanda é a mais sincrética das religiões afro-brasileiras, tendo acentuado seu lado ocidentalizado com o kardecismo e continuando cada vez mais híbrida. “Sua tendência mais recente é a incorporação dos elementos mágicos da chamada Nova Era”, completa. Em alguns terreiros, portanto, o frequentador pode receber uma indicação de Floral de Bach junto com o passe. São os reflexos de uma mescla que tem legitimidade social. Não é à toa que no maior país católico do mundo, a passagem do ano é uma festa profana, com brasileiros de todas as origens sociais vestidos de branco, fazendo suas oferendas para Iemanjá.

No site Wikipédia, pinçamos a seguinte explicação: Letristas como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Jorge Bem Jor retratam o tema em diversas canções, enquanto Dias Gomes levou-o para o teatro com a peça “O Pagador de Promessas” que mais tarde, foi levada para o cinema, conquistando uma Palma de Ouro no Festival de Cannes e uma indicação ao prêmio “Oscar” de melhor filme estrangeiro. O Sincretismo também pode ser político e cultura. Existem categorias de Religiões Sincréticas, bem suas subcategorias: que estão divididas em quatro: Batuque; Espiritualismo universalista; Umbanda e Xambá. Por sua vez as subcategorias se dividem em mais vinte e uma e tem valor de religião sincrética e estão assim delineadas: “Associação das famílias para Unificação e Paz Mundial; Associação Unitária Universalista;Babaçuê; Cabula; Drusos; Endoísmo; Igreja do Bom Jesus do Bonfim das águas Vermelhas; Lacrimologia; Macumba; Omolokô; Pajelança; PL Kyodan; Principia Discórdia; Santeria; Seicho-no-ie; Sincretismo; Tambor de Mina; Umbanda; Unitário-Universalismo; Xangô do Nordeste”. 

Muita gente fala que a Macumba não faz parte do sincretismo religioso, mas se formos definir o que seja macumba ela sim faz parte, senão vejamos: “É um sincretismo de origem afro-brasileira, amalgando elementos de várias religiões indígenas brasileiras e do cristianismo”. Por exemplo, os macumbeiros substituíram os nomes dos santos da igreja pelos da mitologia africana. Vejamos dois exemplos: o nosso Irmão Maior, Jesus, é chamado de Oxalá; Maria mãe de Jesus é chamada de Iemanjá. A pomba-gira, a eterna companheira do malandro Zé Pilintra, é um famoso caboclo do Candomblé. Catimbozeiros conterrâneos de Idi Amim Dadá praticavam o ritual de ocultismo de Uganda. Estamos nos atendo um pouco na Macumba, visto que ela é conhecida como um instrumento musical de percussão, uma espécie de reco-reco que origina um som de rapa (rascante).

No entanto, convém salientar que: “O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como “xô macumba” e “chuta que é macumba” para demonstrar desagrado com a má sorte”. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar o azar. Macumba também pode ser a designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndios, africanos, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo, etc.

Veja a Definição de João do Rio: No Rio de Janeiro, as nações do candomblé se fundiram umas nas outras, deixando-se também penetrar profundamente por influências exteriores, ameríndias, católicas, espíritas, dando nascimento a uma religião essencialmente sincrética, a Macumba. João do Rio, As Religiões do Rio, 13-52. (Grifo nosso). O mesmo que candomblé, correspondente ao xangô pernambucano. Diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que macumba, na Bahia. Macumba, na acepção popular do vocábulo, é mais ligada ao emprego do ebó, feitiço, Coisa-feita, mironga, mandinga, muamba, mais reunião de bruxaria que ato religioso como candomblé.

Palavra usada no sentido pejorativo para se referir ao candomblé do Rio de Janeiro * palavra usada para definir a mistura de umbanda, kimbanda, vodu, candomblé, feitiçaria e bruxaria. Palavra utilizada para se referir aos despachos depositados em encruzilhadas. Macumba, como a palavra é conhecida no Rio de Janeiro, é o mesmo que "Ebó", como é conhecida na Bahia (Candomblé). Denominação atribuída à quimbanda pelos seguidores da umbanda da chamada linha branca. (Fonte de Consulta) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Macumba).

Por meio do médium Zélio Moraes e do Espírito de um padre, chamado Gabriel Malagrina, na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, nasceu a Umbanda cristã, bem brasileira. Todas essas informações são documentadas, testemunhadas e há um acervo com as fitas gravadas, fotos etc. O trabalho desse Espírito deu origem a uma linhagem de terreiros onde não se fazem rituais de sacrifícios, não se olha a sorte. Há Umbanda de mesa, umbanda pé no chão, Umbanda Omolocô etc. Umbanda: é a manifestação do Espírito para a prática da caridade, os orixás ou divindades, porém, não há sacrifícios de animais e não há rituais semelhantes aos cultos afros.

Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da Pajelança, dando origem a outro culto chamado "Candomblé de Caboclo". Naturalmente, os Espíritos que se manifestavam eram os de índios e negros, que o faziam com finalidades diversas. Naquela época não havia liberdade religiosa e a única forma de continuarem com suas crenças de origem era através do "sincretismo religioso", ou seja, a associação entre os orixás e os santos da Igreja Católica. Canjerê, Catimbó, macumba, Quimbanda, Omolocô são cultos também de matriz africana, porém, há manifestação de vários espíritos. Macumba é designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndeos, africanos, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo etc.

Macumba é um dos cultos dos Negros bantu do Rio de Janeiro. Os negros, brancos de classe média e terreiros fiéis às tradições ancestrais da Macumba, q deram origem ao que se passou a ser chamado de ‘Quimbanda’ pela ala Kardecista (doutrina espírita baseada em Allan Kardec) da antiga Macumba. E esta ala Kardecista remanescente passou a se nomear de ‘Umbanda’. Macumba também é o mesmo que ebó, preceito do Candomblé, mandinga, mironga, e também como termo pejorativo, feitiçaria, bruxaria. Diz-se mais comumente Macumba que Candomblé, no Rio de Janeiro, e mais Candomblé do que Macumba, na Bahia. (Fonte: site Yahoo).  É um pouco polêmico, e quiçá complicado o estudo sobre o sincretismo religioso, pois existem muitas vertentes para se chegar a um denominador comum.

No entanto, se formos analisar com bastante cuidado e critério vemos que membros de algumas religiões que migraram para outras, levaram algum aprendizado e passaram a praticar na religião de adesão. Fatores que devem ser levados em conta, e que a história das religiões nos assevera e que serviram de aprendizado ou como influências da Igreja Católica e do Espiritismo.  O Espiritismo foi criado na França em 1857 por Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, 3 de outubro de 180, e falecido em Paris, em 31 de março de 1869, tendo sido educador, escritor e tradutor francês. Notabilizou-se como o codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado) também denominado de Doutrina Espírita. (grifo nosso). Por esses fatores enumerados, haja um conflito de opiniões, mas que a atribuição de cada sincretismo não seja desvirtuada, pois representa fé e cultura de nossos antepassados que perduram até os dias atuais. Pense nisso!


ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE- DAUBT E DA ACE

Antonio Paiva Rodrigues

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Este blog tem por finalidade divulgar o jornalismo pelo Brasil e no mundo. Bem como assuntos doutrinários e espirituais.