RELIGIÕES E SUAS NUANÇAS
“Dentro de você há um desejo da
expansão, de progresso, que não quer ficar fechado ou impedido. No entanto, se
tiver que conviver com a rotina, empregue o seu potencial de inteligência
externa. Reconheça-se com poder de se transformar, de melhor se gerir, de
adentrar-se e sacie a sua sede de infinito”(Lourival Lopes).
Quando tentamos dialogar e discutir
no bom sentido, as nuanças religiosas, algumas pessoas usam o clichê popular:
”De que religião e política ninguém discute”. Será que entre os hominais, não
existe clima para um diálogo sadio no tocante aos pontos centrais, bem como, os
duvidosos sobre determinada crença? Cremos que sim. Umas gotinhas de boa
vontade, outras de compreensão adocicadas pelo amor e a interação tudo pode
transcorrer numa psicosfera de entendimento e calma e sem atropelos.
A religião perfeita será aquela de
cujos artigos de fé nenhum estejam em oposição àquelas qualidades ou atributos
divinos, aquela cujos dogmas todos suportem a prova dessa verificação sem nada
sofrerem. Na realidade não existe religião que seja a melhor de todas, e, sim
religiões que nos esclarecem melhor as nossas dúvidas. Alguns dicionários
definem religião como sendo uma palavra de derivação latina religione, crença
na existência de uma força ou força sobrenatural, considerada(s) como
criadora(s) do Universo, e que como tal deve(m) ser adotada(s) e obedecida(s).
A manutenção de tal crença por meio
de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos.
Virtude do homem que presta a Deus o culto que lhe é devido. Reverência às coisas sagradas. Crença fervorosa; devoção, piedade. Crença
numa religião determinada; fé, culto. Qualquer filiação a um sistema específico
de pensamento ou crença que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica,
etc. Modo de pensar ou de agir; princípios.
Alguns chegam a classificar as
religiões em comparada e de possessão. A comparada seria o ramo de estudos,
desenvolvido principalmente no séc. XIX, em que se empregam conceitos das
ciências sociais e métodos e conhecimentos científicos para, mediante a
comparação objetiva entre as diversas religiões particulares, determinar a
história e explicar a natureza da religião como fenômeno humano universal.
Já a de possessão o conjunto de
práticas e crenças religiosas que formam um sistema em que a experiência da
possessão por espíritos, divindades, etc. tem importância central; culto de
possessão. Religião do caboclo. A
religião em nosso pensar é antes sentimento, que conhecimento, é a alma da
adoração e da justiça; o corpo dessa alma é a igreja universal (por favor, não
confundir com a IURD). Quando nos reportamos sobre igreja universal estamos
citando o nosso coração, pois os nossos sentimentos apesar de passarem por
nossa mente devem fazer moradia em nossos corações.
“Segundo Cláudio da Silva, a melhor
de todas as religiões é aquela que só ensina o que é conforme a bondade e
justiça de Deus; que dá de Deus a maior e mais sublime ideia e não O rebaixa
emprestando-Lhe as fraquezas e as paixões da humanidade; que torna os homens
bons e virtuosos e lhes ensina a amarem-se todos como irmãos; que condena todo
mal feito ao próximo; que não autoriza a injustiça sob qualquer forma ou
pretexto que seja; que nada prescreve de contrário às leis imutáveis da
Natureza, porque Deus não se pode contradizer ou derrogar suas leis; aquela que
procura melhor combater o egoísmo e lisonjear menos o orgulho e a vaidade dos
homens; aquela finalmente, em nome da qual se comete menos mal, porque uma boa
religião não pode servir de pretexto a nenhum mal; ela não lhe deve deixar
porta alguma aberta, nem diretamente, nem por interpretação. Julgai e
escolhei”.
Uma das mais belas conotações sobre
religião que já tivemos conhecimento. Aproveitando o ensejo queremos dizer que
se um dia o homem imantar todos esses belos e proveitosos predicados, talvez
tenhamos uma religião perfeita e sem lisura alguma. Como o movimento religioso
é feito por homens e se o mundo de regeneração demorar mais do que o
necessário, ainda levaremos muito tempo para termos a religião perfeita, a
religião que agradará com certeza ao Deus Pai Todo Poderoso e ao Mestre Jesus
Cristo.
Porque tantas religiões no mundo?
Esta é uma pergunta que não quer calar. Seria fruto do orgulho, da insatisfação
humana, do interesse próprio, da vontade de se criar um patrimônio monumental,
através da ilusão e da enganação aos próprios fiéis, ou seria amor próprio? O
religioso não é apenas o home que abraça uma seita sacerdotal, o que está
desligado do mundo pelos dogmas de uma igreja, mas sim todo aquele que é
honesto, crente e bom. Uma “trindade” difícil de ser encontrada nos dias
atuais.
A indecisão religiosa não é nova, vem
desde os primórdios, mesmo quando o homem rastejava a cata da evolução. O
desejo de encontrar um ser superior, uma força, uma energia para se confessar e
receber os fluidos benfazejos, sempre esteve presente na mente humana. Você sabia que desde a Reforma Protestante,
iniciada por Lutero em 1517, até os dias atuais, surgiram milhares de igrejas,
seitas religiosas de todos os matizes e ainda continuam se alastrando. Senão
vejamos: Igreja Luterana Protestante fundada por Lutero, Igreja Anglicana
Episcopal, fundada pelo rei da Inglaterra, Henrique VIII, em 1534.
Igreja Anabatista, fundada na Suíça
em 1522, por Ulrich Zwinglio, Igreja Prebisteriana, fundada por um ex-padre
João Knox, Igreja Menonita, também fundada por um ex-padre Meno Simons; Igreja
Huterita, fundada pelo tirolês Jacob Hutter, Igreja “Os Radicais Místicos ou
Espirituais” são os seguidores de Kasper Schwenkfeld, Igreja “Radicais
Socinianos Racionalistas” fundada por Lelio Sozzini de Siena, Igreja Batista,
fundada por João Smith, Igreja Congregacionista, fundada por Robert Brawnw, na
Inglaterra, Igreja Metodista, fundada por João Wesley, na Inglaterra em 1727.
Igreja Adventista do Sétimo Dia,
fundada por Guilherme Muller nos EUA, ele afirmou que Jesus viria a terra em 22
de outubro de 1844, mas Jesus não apareceu, em 1845 - Jesus também não apareceu
e em 1849, também Jesus não veio, predisse por várias vezes o fim do mundo e o
mundo continua no mesmo lugar. Testemunha de Jeová, fundada por Charles Taze
Russel, nos EUA, em 1874 com o nome “Sociedade Torre de Vigia”, entre 1916 e
1948, mudaram as Sagradas Escrituras 148 vezes, recebiam e doavam sangue, hoje
proíbem. Igreja Apostólica, fundada por Eurico Matos Coutinho, que se chama de
“bispo” (1940). Morava em São Paulo no Brasil, Igreja Congregação Cristã do
Brasil, mais conhecida por igreja do véu, fundada pelo reverendo de origem
italiana Luís Francescon, em 1909, em Platina no Paraná.
Igreja Assembleia de Deus, fundado
por cerca de 100 congregações diferentes nos EUA, em 1914, Igreja do Evangelho
Quadrangular, iniciada por Harold Williams, é um ramo do Pentecostalismo,
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias mais conhecida como igreja
dos Mórmons. Fundação de Joseph Smith, em 1830, nos EUA, eles esperam uma Sião
terrena e sua teologia não coloca Jesus como Senhor e Salvador, apesar de
aceitar a Bíblia e o Livro dos Mórmons.
“Igreja Pentecostal” “Deus é Amor”;
fundada pelo missionário David Miranda, em 1962, Igreja Messiânica, fundada por
Meishu Sama, em 1936, no Japão, crença na reencarnação e na purificação dos
Espíritos, Igreja Universal do “Reino de Deus”, fundada pelo “bispo” Edir
Macedo em 1977 no recinto de uma antiga funerária no subúrbio do Rio de
Janeiro, não prega a salvação da alma, e sim a prosperidade matéria de seus
adeptos prega demônio-prosperidade, pois atribui ao capeta todas as mazelas do
homem. Vodu- crença sincretista dos negros antilhanos, O culto do Santo Daime é
uma seita que segue o ritual da comunhão do chá conhecido como Ayahuasca,
Igreja da Unificação do Reverendo Moon, fundada pelo líder coreano, que a si
mesmo intitula reverendo Sun Myung Moon, intitulava-se o próprio Messias e burlava
sempre o fisco de seu país.
Budismo, Confucionismo, Hinduísmo,
Islamismo, Culto Ofídico, Janaísmo, Falicismo, Seicho-No-Iê, Quiromancia,
Necromancia, Macumba, Umbanda, entre muitas outras. Vejam como o homem é inseguro em termos de
crença. Nosso irmão Jeovah Mendes nos remete a uma meditação sobre esse número
grandioso de crenças. Queríamos encerrar esta matéria afirmando que a crença
esta a disposição do homem e sua escolha dependem do interesse de cada um, pois
jamais poderemos condenar quem escolhe religião A, ou religião B. Fácil é
desprender-se da moeda que sobra, em favor do vizinho necessitado, mas é muito
difícil projetar; a beneficio de outrem, o sorriso de estímulo e o abraço da
fraternidade que ajuda efetivamente. Se o Mestre Jesus veio ao orbe terrestre
pregar o amor e o perdão, por que não aderi-los. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA
ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA UBT-DA AVSPE
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