POR QUE NÃO DISCUTIMOS
RELIGIÃO?
“Pelo que se dizia, ele era um homem autossuficiente, sabia
se sair bem de qualquer situação, progressista e responsável, distribuía
otimismo. Mas, um dia, quando à sua casa comercial pegou fogo, tudo desandou. Perdeu o controle,
veio à tempestade interior, a raiva e o desespero. Na verdade, nem parecia o
mesmo. O fato é que ele tinha apenas a aparência de calma e equilíbrio”. (Lourival
Lopes).
A Igreja Católica no decorrer dos tempos tem ocultado fatos valiosos para seus seguidores,
talvez por achar que os Evangelhos proscritos ou apócrifos como queiram, venham
denegrir a imagem do catolicismo. Acima de qualquer religião está a fé humana.
Sem fé nenhuma religião conseguirá atingir seus objetivos. Aqui inserimos uma
passagem do Evangelho de Felipe em que ele diz: “O escravo só quer ser livre e
não ambiciona adquirir os bens de seu senhor. Porém o filho não é somente um
filho, pois reclama a herança do pai. Os que herdam dos mortos estão eles
mesmos mortos e herdam dos mortos. Os herdeiros do que é vivo estão vivos e são
herdeiros tanto do que está vivo como do morto. Os mortos não são herdeiros de
nada. Pois como pode aquele que está morto herdar? Se aquele que está morto
herda o que é vivo ele não morrerá, mas o que está morto viverá ainda mais.”.
Vejam o posicionamento das palavras vivo e morto são
antagônicas e para Felipe representava muito o significado delas, bem como o
próprio Mestre Jesus menciona em suas belas parábolas. “Deixai que os mortos
enterrem seus mortos”, mas como um morto pode enterrar outro? O mundo de hoje
está repleto de mortos, mas, no entanto, vivem. Os que compreenderam as
palavras de Jesus sabem o porquê de tal afirmação. Quem mata, rouba, assalta,
sequestra, estupra e mata, quem se insere no mal para o divino são verdadeiros
“mortos”, bem como, aqueles que não têm fé e são materialistas ao extremo podem
ser considerados mortos. Vai mais além à narração de seu Evangelho, Felipe
quando afirma que: “O pagão não morre, pois ele nunca viveu para que possa
morrer. Aquele que acreditou na verdade encontrou a vida e corre o perigo de
morrer, pois está vivo. A partir da vinda de Cristo, o mundo foi criado, as
cidades embelezadas e os mortos levados embora. Quando éramos hebreus, éramos
órfãos e só tínhamos a nossa mãe, mas quando nos tornamos cristãos tivemos
tanto pai como mãe”. Existe muita sabedoria nas palavras de
Felipe, visto que o Cristo sempre existiu, mas em Espírito. Quando em missão
veio a Terra recebeu o nome de Jesus. Mesmo assim, quando Felipe fala em
cristão temos que ter em mente que os primeiros seguidores de Jesus, ainda não
se denominavam de cristãos. O Nome de cristão só veio a partir da conversão de
Paulo, o apóstolo. Antes de Paulo, aqueles que seguiam o Mestre eram
denominados de seguidores do caminho. Jesus na Terra representava o Pai Maior
que é Deus. Jesus nunca nominou Deus, pois só o chamava de Pai. Diferente do
“deus” do Antigo Testamento, em que o clã de Abraão nominou Jeová de deus de
Israel.
Era uma divindade que nas palavras dele seria apenas o
protetor dos israelenses. Os profetas de antanho tinham o poder de conversar do
ele, e a história afirma que Moisés, Abraão e Elias conversavam face a face com
Jeová. Jesus um Espírito mais evoluído dizia: “Ninguém vai ao Pai senão por
mim”. Para um bom entendedor Jeová, Iaveh ou Javé, era apenas um espírito
enviado por Deus, pois o próprio Jesus afirmava em suas pregações que ninguém
na face da terra teve o privilégio de ver o Pai Maior. Acredite quem quiser.
“Os que semeiam no inverno colhem no verão. O Inverno é o mundo, o verão é
outro reino eterno (eon). Semeemos no mundo para que possamos colher no verão.
Por esta razão é apropriado que não oremos no inverno. O verão sucede o
inverno. Porém, se algum homem colher no inverno ele, na verdade, não estará
colhendo, mas simplesmente arrancando, pois o inverno não oferecerá uma
colheita para tal pessoa [...] mas também no sábado (...) é estéril”.
Verão e inverno duas estações do ano. O que teria a ver as
duas com as explicitações de Felipe? Inverno representa abundância é sinal que
todos deveriam estar bem, por isso ele diz que o inverno é o mundo. O mundo foi
feito para o homem. O verão seria o inverso, outro reino como frisa Felipe. O
que se tem no inverno deve ser compartilhado no verão. Aqui poderemos inserir a
fraternidade, a caridade, o amor, o bem sobrepujando o mal. Quando ele fala
sobre outro reino vem à palavra eon em parênteses. Aqui fica uma dúvida se
realmente ele falou em éon, ou se a colocação foi feita por tradução, visto que
na escala da ICS, a maior unidade de medida de tempo é o éon. A seguir vêm as
eras (subdivisões dos éons); os períodos (subdivisões das eras); as épocas
(subdivisões dos períodos); e as idades (subdivisões das épocas).
O conjunto de éons, eras e períodos que se estende do início
da formação da Terra - há cerca de 4,5 bilhões de anos - a aproximadamente 530
milhões de anos atrás, compõe um grande intervalo de tempo geológico chamado
Pré-Cambriano, que responde por quase 90% da história do nosso planeta. Em
razão do número muito maior de informações e evidências científicas -
encontradas na forma de fósseis, por exemplo –, o intervalo de tempo mais
detalhado da história da Terra é justamente o posterior ao Pré-Cambriano, que
faz parte de um único éon, o Éon Fanerozoico, subdividido nas eras Paleozóica,
Mesozóica e Cenozoica. Confira, abaixo, alguns detalhes sobre o que acontecia
no planeta e com suas formas de vida nos principais intervalos da escala de
tempo geológico da ICS.
Aqui já temos a parte científica empregada pelos homens de
hoje. Essa palavra eon empregado por Felipe refere-se ao reino eterno. Por
isso, conotamos em termos de indagação essa matéria visto que no evangelho de
Felipe muita coisa fica clara a respeito de Jesus, o Cristo. “Cristo veio para
resgatar alguns, salvar outros para redimir ainda outros”. Ele resgatou os
forasteiros e fê-los seus. E colocou os seus separados, aqueles que haviam dado
como garantia segundo seu plano. Não foi só quando apareceu que Cristo ofereceu
voluntariamente sua vida, mas ofereceu-há voluntariamente desde o dia em que o
mundo surgiu. Então, ele veio primeiro para tomá-la, pois ela havia sido dada
como garantia. Ela havia caído em mãos de ladrões e foi feita prisioneira. Mas
Ele a libertou, resgatando as pessoas boas do mundo assim como as más. Luz e
treva, vida e morte, direita e esquerda são irmãos entre si.
São inseparáveis. Por isto, nem os bons são bons, nem os maus
são maus, nem a vida é vida, Mem a morte é morte. Assim é que cada um se
dissolverá em sua origem primordial. “Mas os que estão exaltados acima do mundo
são indissolúveis, eternos”. “Os nomes dados às coisas do mundo são muito
enganadores, pois desviam nossos pensamentos do que é correto para o
incorreto”. Assim, quem ouve a palavra "Deus" não percebe o que é
correto, mas sim o incorreto. O mesmo ocorre com "Pai",
"Filho" e "Espírito Santo", "Vida",
"Luz", "Ressurreição", "Igreja" e tudo o mais. As
pessoas não percebem o que é correto, mas sim o incorreto, (a menos) que tenham
aprendido o que é correto. Só há um nome que não se pronuncia no mundo, o nome
que o Pai deu ao Filho, e que está acima de todas as coisas: o nome do Pai.
Pois o Filho não se tornaria Pai, a não ser que usasse o nome
do Pai. Aqueles que têm este nome conhecem-no, mas não o pronunciam. Mas,
aqueles que não têm este nome não o conhecem. A verdade fez com que os nomes
surgissem no mundo por nossa causa, pois não é possível aprendê-la sem estes
nomes. “A verdade é uma única coisa; é muitas coisas por nossa causa, para nos
ensinar com amor sobre esta coisa una por meio de muitas coisas”. Os regentes
(arcontes) queriam enganar o homem, porque viram que ele tinha parentesco com
aqueles que são verdadeiramente bons. Eles tomaram o nome daqueles que são bons
e deram-no aos que não são bons, para que, por meio dos nomes, pudessem
enganá-los e vinculá-lo aos que não são bons. E, depois, que favor os nomes
lhes prestam! Fazem com que sejam tirados daqueles que não são bons e colocados
entre os que são bons. Eles sabiam estas coisas, porque queriam apoderar-se do
homem livre e torná-lo seu escravo para sempre. Há poderes que (...) o homem,
não querendo que ele seja (salvo), para que eles possam (...). Porque se o
homem for (salvo, não haverá) nenhum sacrifício (...) e não serão oferecidos
animais aos poderes. Na verdade, eram aos animais que eles ofereciam
sacrifícios. Eles eram realmente oferecidos vivos, mas quando os ofertavam eles
morriam. Quanto ao homem, ofereceram-no morto a Deus, e ele viveu. Antes da
vinda do Cristo não havia pão no mundo. Também no Paraíso, o lugar onde estava
Adão, havia muitas árvores para alimentar os animais, mas não havia trigo para
sustentar o homem. O homem costumava alimentar-se como os animais, mas quando
veio Cristo, o homem perfeito, ele trouxe pão dos céus para que o homem pudesse
ser nutrido com o alimento de homem. Os regentes pensavam que era por seu
próprio poder e vontade que faziam o que estavam fazendo.
Mas o Espírito Santo, em segredo, estava realizando tudo
através deles, segundo sua vontade. Como o evangelho de Felipe contém
aproximadamente 30 páginas seria muito extensa a nossa concepção de aprendizes
para desenvolver todo o pensamento em Felipe se baseou para escrever seu
evangelho, mas como Deus, O Pai maior nos deu discernimento e inteligência,
estamos fazendo aqui um arrazoado em nossa posição do que Felipe expos. A
Verdade, que existia desde o princípio, está semeada por toda parte. E muitos a
veem sendo semeada, mas são poucos os que a veem sendo colhida. Alguns dizem
que Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Mas eles estão enganados. Não
sabem o que dizem. Quando uma mulher alguma vez concebeu por obra de outra
mulher?
Maria é a virgem que nenhum poder conspurcou. Ela é uma
grande anátema para os hebreus, que são os apóstolos e (os) seus seguidores.
Esta virgem que nenhum poder violou (...) os poderes violaram a si mesmos. O
Senhor não (teria) dito "Meu (Pai que está nos céus)." (Mt 16:17) se
não tivesse outro pai. Neste caso, teria dito simplesmente "(Meu
Pai)". O Senhor disse aos discípulos, (...) de cada casa. Tragam para a
casa do Pai. Mas não tomem nem carreguem (nada) da casa do Pai.
"Jesus" é um nome oculto, "Cristo" é um nome revelado. Por
esta razão, "Jesus" não está particularmente ligado a nenhuma língua;
seu nome é sempre "Jesus". "Cristo", porém, em siríaco é
"Messias" e em grego, "Cristo". Talvez por essas conotações
de Felipe a Igreja Católica tenha condenado seu evangelho. Thomé afirmava que
se a Trindade deveria ser Pai, Filho, e Mãe, isto é um figura feminina, o que
não desconsiderada o mérito, visto que o espírito antes da encarnação não tem
um sexo definido. (Grifo nosso). Vejam a alma: ela é uma coisa preciosa que se
encontra num corpo desprezível. (Grifo nosso).
Há os que têm medo de ressurgir nus. Por isto querem
ressurgir na carne. Não sabem que são aqueles que vestem a (carne) que estão
nus. (São) aqueles que (...) despir-se que não estão nus. "Nem a carne
(nem o sangue) herdarão o Reino de (Deus)." (1 Co 15:50). Jesus pegou-os
todos de surpresa, porque Ele não apareceu como era, mas da maneira como
(seriam) capazes de vê-lo. Apareceu aos grandes como - grande; aos pequenos
como pequeno, aos anjos como anjo, e aos homens como homem. Por isto sua
palavra ocultou-se de todos. Alguns realmente o viram, pensando que estavam
vendo a si mesmos.
Mas quando apareceu gloriosamente aos discípulos sobre a
montanha não era pequenino. Ele se tornou grande, mas fez com que os discípulos
ficassem grandes, para que pudessem percebê-lo em sua grandeza. Disse naquele
dia na ação de graças, "Vós que unistes a luz perfeita com o Espírito
Santo, incorporai os anjos também a nós, como sendo as imagens". Paulo
afirma que no homem habita um corpo espiritual, por isso no mundo espiritual
não existe lugar para carne e sangue. Mesmo que Felipe tenha alguma vez que a
carne faz parte do homem e ele não perde esse privilégio, ele estaria pensando
como ser humano e não como um Espírito Puro como Jesus, pois com a sua grande
pureza foi um único a pisar o orbe terrestre.
Depois da morte física a carne se destrói naturalmente e
volta ao fluido cósmico universal de onde veio. Cristo, após a sua
ressuscitação passou 40 dias e 40 noites na terra, mas em Espírito. O espírito
pode tomar sua forma anterior e se comunicar, mas para isso tem que usar o
ectoplasma para materializar-se, e ao se desmaterializar deixa o ectoplasma
aqui, pois é substância material. Jesus quando de sua ascensão aos céus é
envolto em nuvens, esse fenômeno é quando o espírito se liberta do ectoplasma e
toma a sua forma original, um corpo sutil imperceptível aos olhos humanos. A
religião deve ser estudada e se for discutida deve ser feito com cautela, pois
poderemos nadar; nadar e morrer no seco e até nos estranharmos. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA
RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE-DA UBT- DA AVSPE- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE.
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