O ENÍGMA DA MORTE
“Não adianta pensar que tem lutado inutilmente e que o
melhor é protestar, reclamar, abrir a boca no mundo para que os benefícios
apareçam. Coragem. Se você reforçar o pensamento, ter novas ideias, novo alento
e mais otimismo, os benefícios aparecem, sem risco de falhar.” (Lourival
Lopes).
Achamos
que o ser humano jamais temeu a morte, visto que desde o surgimento do homem no
orbe terrestre, que ele esteve envolvido em guerras, batalhas sangrentas, cujo
destino final seria a estagnação biológica. Outro fato, que poderemos assimilar
ao exposto acima, é que em recente pesquisa, o medo maior do ser humano é o de
falar em público, ficando o medo da morte em segundo plano. As guerras consideradas santas (as armas e
táticas de combate dos povos bíblicos) tinham como objetivos preservar a vida
de uns e a morte de outros. Grandes profetas do passado que estiveram
envolvidos em fatos históricos e que conviveram tete a tete com a morte foram:
Moisés, Josué e Davi entre outros. A morte que dizimará a humanidade é
conhecida como Apocalipse.
O medo
é verdugo impiedoso dos que lhe caem nas mãos. Produz vibrações especiais que
geram sintonia com outras faixas na mesma dimensão de onda, produzindo
intercâmbio infeliz das forças deprimentes, congestionantes. “À semelhança do ódio, aniquila os que o
cultivam, desorganizando-os de dentro para fora. Alçapão traiçoeiro abre-se,
desvelando o fundo poço do desespero, que retém demoradamente as vítimas que
colhe. Pelo instinto de conservação podem avaliar que a morte para o ser humano
ainda é um tabu a ser vencido. E como será difícil vencê-lo. Um clichê popular
que se adapta bem a essa situação é a de: “Se a morte for um descanso, prefiro
viver cansado”. Na realidade vida e morte sempre caminharam juntas. Ao
nascermos, o auge é a vida, mas sorrateiramente a morte nos acompanha sempre.
Outro dito popular diz que: “O maior enigma da vida é a morte” e “O maior
enigma da morte é a vida”. Então chegamos à conclusão que o homem vive num
ciclo constante de vida e morte e, morte e vida. Aqui se encaixa muito bem a
reencarnação. O medo é o algoz impenitente que destrói seguro de si,
estilhaçando tudo, tudo transformando em maior razão do pavor: pequenos ruídos
semelham trovões, o cicio do vento parece voz de fantasma, a própria respiração
soa como estertor de gigante, prestes a desferir golpe fatal. A morte, para os
homens, é apenas o momento que acontece uma separação material de alguns
instantes. A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em
consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa
separação nunca é brusca. O fluido perisspiritual (espírito encarnado) só pouco
a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa
e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado à molécula do
corpo”. (Grifo nosso).
A
temática da morte com certeza leva o público a consumir inúmeras matérias que
envolvem a estagnação biológica, expondo que esta é consumida tanto pelo
público de veículos sensacionalistas, assim como por meios de comunicação
sóbrios. Segundo a jornalista Renata Frota “O medo da morte é a consciência da
perda irreparável da individualidade”. Por isso, haverá então uma negação da
morte e a afirmação da individualidade perante a morte. “Todas as religiões
históricas se dedicavam a esse mesmo problema, ou seja, como suportar o fim da
vida”. (BECKER, 2007, ....32). Continua:
“Diante dos diversos paradoxos: atração e negação da morte, consciência e
esquecimento da morte e, principalmente pavor desta, que Baudrillard dirá que
ela é nosso fantasma que tentamos abolir para todos os ramos da sociedade:
política, econômica, cultural, religiosa e até pela comunicação”. De acordo com
Edgard Morin, para o ser humano – mais do que as outras criaturas – a morte tem
um peso crucial em todas as atividades que exerce. Diríamos menos para o homem
altamente espiritualizado. Podes crer! Nós seres humano sofremos com a morte de
todo tipo, visto que somos apegados demais à matéria e, somos muito arraigados
aos sentidos e sensações que nos levam a esse pavor. A incompreensão, a saudade
da perda de um ente querido, a violência urbana, o instinto animal do homem, a
crueldade, mas o amor e a fé podem amenizar esses percalços. Allan Kardec em
seu Livro dos espíritos relata com bastante propriedade as nuanças da vida e da
morte. O livro dos Espíritos lançado em Paris, na França em 1857 é a maior
enciclopédia em questão de espiritualidade. O homem tem receio da morte, pois
não sendo eterno, jamais se prepara espiritualmente e nem repassa a verdadeira
espiritualidade para os que convivem com ele. A ciência hoje tem mostrado,
através de estudos de grandes cientistas, que a morte não é um bicho de sete
cabeças. “Segundo Angrimani, poucos
gostam de falar sobre a morte, mas esta ocupa presença obrigatória nos veículos
de comunicação, pois interessa a todos independente de nível cultural e
econômico. Sendo assim, o que deferencia o tratamento da morte de um veículo sensacionalista
para um veículo sóbrio é apenas a linguagem. Na verdade o público de ambos
meios noticiosos, pedem por esse valor-notícia”.(Grifo nosso).
Excetuando-se
as mortes violentas, as mortes por doenças oportunistas, o homem pode levar uma
vida sadia e tranquila, no entanto o desgaste da matéria faz com que o próprio
espírito que a habita, saiba a hora exata de abandonar a matéria imprestável
para ele. Wiliam Crookes, Yan Stevenson, Ernesto Bozzano, Alexander Asakof,
Hermínio Miranda, e inúmeros outros, através da ciência chegaram a essa
conclusão. Os estudos atuais da Doutrina Espírita mostram que os povos antigos
desconheciam os poderes do espírito, pois um espírito quando planeja a sua
reencarnação a matéria velha para ele não serve, pois já houve o despojamento.
Ele prefere uma matéria nova e em crescimento, por isso, se acercam dos bebês
que estão sendo gerados no útero materno. Corpo novo, vida nova esse é o ciclo
da vida criada pelo divino Deus, Pai da Humanidade. A Metempsicose com a
evolução da ciência perdeu sua finalidade, pois os antigos gregos tinham
convicção que o espírito humano poderia reencarnar no corpo de um animal
irracional. Isso, foi provado que é impossível.
Se a
morte fosse o fim de tudo, para que serviria a vida? Hoje, nos programas
policiais vemos a incredulidade humana, através da violência desordenada, isso
mostra que o homem atual confunde o estado social em que vive com a ânsia de
matar. É verdade que miséria, desemprego, ócio coletivo, preguiça, fome são
vetores da violência, no entanto, pela acomodação o homem prefere mudar a sua
destinação voltada para o bem e se joga de corpo e alma no lamaçal do mal. A
vida é importante e para que tirá-la por mero prazer de matar? Algo está errado
e precisa ser consertado já. As afirmações
de Angrimani vêm colidir com a ânsia de audiência dos meios de comunicações,
através da desgraça alheia que nada mais é do que um sensacionalismo barato e
de baixa qualidade moral. Que proveito à comunicação pode tirar da desgraça
alheia? Nenhuma.
A moral
deve ser o ponto primordial da comunicação, bem como a ética. A moral é a regra
de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da
lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque
então cumpre a lei de Deus. O maior
sábio, o maior mestre, o maior doutor, o maior cientista foi Jesus, visto que
não cursou nenhuma faculdade, nem Universidade, mas seus ensinamentos perderam
por mais de 200 anos. Viu que os dez mandamentos de Moisés poderia ser transformado
em apenas dois e assim procedeu: “Amar a deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a ti mesmo”, quando a inteligência dar lugar ao instinto humano
ele vira animal perigoso, destruidor e não tem complacência com ninguém.
Transforma o amor em vingança, a vida em morte, a alegria em tristeza, mas como
Deus deu livre-arbítrio ao homem, as autoridades aqui da Terra terão a
incumbência de controlar esse lado negativo que o homem absorveu. Infelizmente!
Pense nisso!( grifo nosso).
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA
UBT- DA AVSPE- DA AOUVIR-CE- DA ALOMERCE
E DA CEN.
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