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Espiritismo Redivivo

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

OPINIÃO PRÓPRIA


OPINIÃO PRÓPRIA

“Em matéria de felicidade convêm não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos”. (Chico Xavier)

Uma matéria assaz polêmica, escrita por Frei Betto, intitulada “Os gays e a Bíblia”, publicada em 23 de maio de 2011, na seção “opinião” do jornal da Mediunidade, referente aos meses de julho, agosto e setembro de 2011, página 2, da LEEPP (Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo”). Para quem não conhece frei Betto é um frade dominicano e escritor muito conhecido. “Autor de 51 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG)”. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literários do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. Em 1986, foi eleito Intelectual do Ano  pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro "À noite em que Jesus nasceu" (Editora Vozes) ganhou o prêmio de "Melhor Obra Infanto-Juvenil" de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos – perfis literários” (Editora A Girafa). Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007 é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio fundador do Programa Educação para Todos. Fonte:(http://www.freibetto.org/index.php/sobre-frei-betto). Com todos esses predicados intelectuais não seria obrigatório concordarmos com certas colocações que ele faz. Para muitos com muita propriedade e segurança. Em primeiro lugar estamos no Brasil e falamos a língua portuguesa e seria de bom alvitre que o escritor em alusão usa-se a palavra “Gays”, na língua mãe, evitando assim o estrangeirismo.

Ele fala sobre as pressões que ocorrem sobre os políticos  que integram o Senado Federal Brasileiro, para a não aprovação da lei que criminaliza a homofobia. Cita que: “Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos”. Esquece porém, o religioso que todo ser humano é dotado de livre-arbítrio, e fica a critério de cada um julgar o que é certo e errado para si mesmo. O pensamento dos irmãos deve ser respeitado, e além do mais como que propriedade nós poderíamos dizer que outros irmãos estão satanizados. É uma expressão muito forte para um religioso que se diz defensor dos “Direitos Humanos”. Vai mais além às suas aposições: “No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda”. Com todos esses, Jesus teve uma atitude inclusiva. Complementando as palavras do frei, queríamos dizer que Jesus escolheu Matheus como seu discípulo, e Matheus era Levi, o cobrador de impostos.  

Continua sua narrativa dizendo: “Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus”. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”). Esqueceu-se de citar o missionário que ao dar nomes aos discriminadores, os mesmos são integrantes do alto escalão, isto é,  dos postos mais altos da igreja que faz parte. “Continua:” Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos , elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmem, Nigéria, entre outros). Não tenho o poder de condenar ninguém que professa outro tipo de religião e onde a cultura popular é diferente da nossa. Existem leis para serem cumpridas e lá eles cumprem, aqui eles atropelam de qualquer maneira, e os pretensos defensores dos “Direitos Humanos”, normalmente estão do lado dos bandidos.
A frase que Jesus teria dito: “Junte-se a um bom que serás um deles”, não discrimina os maus? Existem o bem e o mal, entretanto aqueles inseridos no mal devem ser tratados de maneira digna para conviverem com a sociedade, pois como diz o clichê popular: “Água e óleo não se misturam”. No 60°. Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países-membros da União Europeia assinaram resolução da ONU (Organizações Unidas) pela “despenalização universal da homossexualidade”. Senhor missionário existem 191 países no mundo, e na sua matéria o número de países citados não representa um terço do total de humanos na Terra. Então não podemos enunciar “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, pois o universo é bem maior.  A ONU é apenas um órgão de conciliação, e mesmo assim ela nunca conseguiu por em prática suas normas.

O catecismo da Igreja católica deu um pequeno passo adiante, ao incluir no seu catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. Pelo que conhecemos (SE) é uma condicional, mas no duro, no duro, a Igreja jamais realizaria  cerimônia religiosa entre casais homoafetivos. É verdade que ninguém escolhe ser homossexual, mas sendo o homem o produto do meio, ele pode ser influenciado por esse meio que ele mesmo construiu. Também é verdade que nesse meio existem muitas agressões, assassinatos e outros tipos de violência. A cultura da sataninização não é divina é coisa da imperfeição humana. Todos nós sabemos que “nascemos simples e “ignorantes” e além do mais imperfeitos, e não será nesse mundo de “Provas e Expiações” que iremos transformar o mundo”. Não seria utópica a versão de que a igreja já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo? É verdade que todo amor decorre de Deus?

Na união homoafetiva não existe amor e sim afeto, que são duas coisas diferenciadas. O amor entre homossexuais é puramente carnal. A homossexualidade muda à masculinidade e a feminidade das pessoas e isso não é normal. (opinião nossa). Queremos citar que existem três passagens na Bíblia que fazem referência a atos homossexuais. As duas primeiras no Velho Testamento, no contexto da purificação preconizada pela Lei Mosaica, a Torá. A terceira passagem se situa no Novo Testamento quando o apóstolo Paulo descreve os rituais orgiásticos idolatras dos gentios romanos. “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é toevah( também no grego bdelygma), ambos significam “impureza” ou “ofensa ritual”“. “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão “toevah”“. (Levítico 20:13). ““...visto que, conhecendo a Deus, não lhe renderam nem a glória… pelo contrário… tornaram-se estultos… trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens que representam o Deus corruptível, pássaros, quadrúpedes, répteis… por este motivo, Deus os entregou a paixões infames: as suas mulheres mudaram o uso physiken (natural, usual comum) em outro uso que é para physin (não natural, fora do comum, inusitado).

O termo “abominação” (to’ ebah ou toevah) é um termo religioso, usualmente utilizado para condenar a idolatria e não propriamente um mal moral. De acordo com alguns autores, o verso bíblico parece se referir ao templo de prostituição, uma prática comum no Oriente Médio na época de Moisés. Qadesh se referia aos homens que praticavam a prostituição religiosa como forma de idolatria, prática comum entre os povos politeístas. A passagem está cercada por outras contra o incesto, a bestialidade, o adultério e relações sexuais com mulher menstruada. Entretanto, segundo os estudiosos, é o único verso desta passagem que utiliza o termo religioso abominação. (LV 18:22) "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;" (LV 20:13) "Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles." Esta condenação a atos homossexuais advém de várias causas: sociais, culturais, ritualísticas e históricas.

Uma pequena e fortificada comunidade como a dos judeus necessitava de uma poderosa ética social para a procriação a fim de garantir a perpetuação de seu povo diante da tremenda taxa de mortalidade infantil, doenças, baixa expectativa de vida e guerras constantes. A procriação era valorizada como uma benção de Deus e uma prova de sua satisfação. A esterilidade era vista como maldição de Deus e uma justificativa - para se abandonar uma esposa, já que os homens nunca eram vistos como os prováveis “culpados” da falta de filhos de um casal.  “Do mesmo modo também os homens, deixando o uso physiken da mulher, abrasaram-se em desejos, praticando uns com os outros o que é indecoroso e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento” (Apóstolo São Paulo - Carta aos Romanos 1:18-32). Se o que está escrito na Bíblia para os estudiosos de hoje é controverso, então o que fazer quando vemos: Arsenokoitai remete ao conceito de prostituição cultual muitíssimo comum no Antigo Testamento, quando meninos eram vendidos como kadeshim, ou "prostitutos cultuais", para os templos pagãos , como os de Dionísio, Baal e Diana, ou mesmo homens livres se faziam sacerdotes sexuais para se dedicarem a esses templos de frequente idolatria orgástica. Algumas citações já estão inseridas nas entrelinhas desse artigo ou matéria.

A exatidão dessa teoria se provaria uma vez que a Septuaginta, que eram as escrituras sagradas que Paulo lia à sua época, usa os exatos mesmos termos que o apóstolo usou em Levítico  18:22: Como homem (arsenos), não te deitará (koiten), como mulher…(Kai meta arsenos ou koimethese koiten…), e o texto se finaliza afirmando que tal ato seria toevah, uma palavra que, como vimos, no hebraico é sempre usada num contexto de ritual religioso, de impureza no sentido religioso, o que é praticamente um consenso entre os hermenêutas veterotestamentários. O religioso na sua dissertação cita os casos de Davi com Jônatas (i Samuel 18), o centurião romanos e os eunucos de nascença (Matheus, 19). A Bíblia pode ser vista de forma literal, simbólica e alegórica e aí a interpretação ficará a cargo de qualquer um? Se for pecado ou não a homossexualidade não nos cabe questionar, mas as evidências em Sodoma e Gomorra são evidentes. “Todos têm como vocação essencial amar e ser amado”

A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei. Isso é vero, mas quando Jesus se refere ao amor nos ligamos rapidamente em seus palavras quando ele afirma: “Amai-vos uns aos outros, assim como vos amei”. Quando o Mestre cita essa frase não está incluso o amor sexual ou amor puramente carnal. “No caso, o “amor divino” é expresso através da amizade, e Jonatas, que era fiel, tinha preferido Davi a seu Pai, pois, Davi tinha sido escolhido por Deus, logo era mais justo em caráter”. Desta forma o amor divino e a amizade superariam a paixão. Não é nosso propósito condenar a atitude de ninguém, pois os humanos agem pelo livre-arbítrio, pelo instinto em detrimento da inteligência. Se a Bíblia é a palavra de Deus, como muitos afirmam, como o homem irá mudar a palavra Divina? Fica o questionamento no ar, mas a decisão da união homoafetiva é puramente humana, e cada um assuma aquilo que é mais conveniente para si, mas lembre-se que a prestação de contas com o Pai Maior não está descartada,visto que, a humanidade hoje está voltada mais para o materialismo em detrimento do espiritualismo. Se todos aderissem ao espiritualismo o comportamento humano seria outro e estaríamos livres das chagas atuais, dos cânceres que atingem a humanidade.  O espiritualismo deve sempre estar acima do materialismo, Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIR/CE- DA UBT – DA ACE- JORNALISTA E RADIALISTA










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Antonio Paiva Rodrigues

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