A AUTÓPSIA DE CRISTO
“Os "donos" do Brasil se embalam numa falsa segurança. Pois, se há um país sem dono, é este. Se há um país desenganado, envergonhado de si mesmo, vencido, faminto, nu, doente, analfabeto, irritado, é este”. (Rachel de Queiroz).
A revista “Isto È”, de 20 de fevereiro de 2008 - nº. 1998 traz um assunto deveras impressionante: “A Autópsia de Cristo”. “Estudo inédito do legista americano Frederick Zugibe revela cientificamente o que ocorreu com o corpo de Jesus durante os momentos do calvário.” Matéria escrita pela colunista Natália Rangel. É impressionante o número de cientistas, exegetas, curiosos, que tentam descobrir como desencarnou Jesus, e aonde se encontra seus restos mortais. O médico legista se diz católico e fez seus relatos baseados nos ensinamentos bíblicos, nas pesquisas, nos artigos e livros que escreveu. Primeiro afirma ser temente a Deus e a jornalista afirma que por ser de objetividade científica, lhe assegurou a imparcialidade do estudo. Queríamos aqui dizer que jamais devemos ser tementes a Deus, e sim amá-lo, e a imparcialidade tem como sinonímia aquele que julga desapaixonadamente; reto, justo e que não sacrifica a sua opinião à própria conveniência, nem às de outrem. Primeiro, nós como espíritos imperfeitos, criados simples e “ignorantes”, não podemos julgar ninguém. O estudo científico muitas vezes pode criar celeumas e não chegar ao denominador comum.
É louvável que um médico legista dê sua opinião acerca dos motivos que levaram Jesus à “morte”. Nunca fomos donos da verdade, mas existe no estudo do cientista um contradito. Dizer que Jesus foi pregado na cruz nas mãos é ignomínia, pois a maioria sabe que Jesus foi crucificado com pregos nos punhos, visto ser as mãos frágeis para sustentar o corpo de qualquer pessoa, mesmo com a sustentação dos braços com cordões, cordas e outros materiais. O sofrimento de Jesus já está muito conhecido, pelos livros, filmes e narrações humanas, principalmente de religiosos adeptos do cristianismo. Se o livro Sagrado, a Bíblia como afirmam os adeptos do cristianismo tivesse toda a história da humanidade como realmente aconteceu, visto que muita coisa se perdeu no tempo e no espaço, passou de pai para filho, é cópia de cópia e além do mais, uniram o Novo Testamento ao Velho, que é da religião hebraica, talvez tivéssemos um estudo mais consistente e verdadeiro.
Muitas religiões contestam e discriminam a Doutrina Espírita, e afirmar que os espiritistas conversam com os mortos. Isso é hipocrisia, pois os Espíritos desencarnados é quem procuram os encarnados para repassar mensagens espirituais e muitas vezes pedir ajudas por se encontrarem em situação de sofrimento pelos erros cometidos na Terra. Católicos e protestantes dizem que a Bíblia foi escrita por inspiração divina, nesse aspecto eles se contradizem. Inspirados em quem? Se o pensamento deles é esse, então estão concordando com os ensinamentos do Espiritismo, visto que os profetas de antigamente eram médiuns, inclusive Jesus. Voltando ao estudo do Frederick, ele também esqueceu de citar se Jesus foi vítima ou não do crucifragium, e porque ele teria ressuscitado no domingo, já que ele exalou o último suspiro na sexta-feira já ao cair da tarde. A vida de Jesus foi tão espezinhada que qualquer estudo a posteriori nos deixa com uma pulga atrás da orelha. Já para os Rosa-Cruzes afirmam veementemente que Jesus morreu de velhice e não passou por todo esse sofrimento. Admitimos ser Jesus um Espírito Puro cuja missão aqui na Terra era pregar a paz, o amor, o perdão, a fraternidade e caridade. Vejam como a imperfeição humana é vasta, pensavam os poderosos que Cristo teria vindo com a finalidade de se tornar rei. E pelo orgulho, pela inveja dos poderosos de antigamente foi barbaramente assassinado.
A jornalista faz a seguinte indagação: “De duas”, uma: sempre que a ciência se dispõe a estudar as circunstâncias da morte de Jesus Cristo, ou os pesquisadores enveredam pelo ateísmo e repetem conclusões preconcebidas ou se baseiam ou se baseiam exclusivamente nos fundamentos teóricos dos textos bíblicos e não chegam a resultados práticos. Queremos discordam da nobre jornalista, visto que o ateu ele não é totalmente contrário à existência Divina. A + Teo = a + Deus (em busca ou a procura de Deus). Os textos bíblicos podem ser vistos de três formas: literal, simbólica e alegórica e que Jesus falava através de parábolas e quem lê esses textos muitas das vezes faz interpretações errôneas. Como morreu Jesus é um estudo interessante, mas não deixa de ser uma interpretação humana. É mais um que vai para a galeria dos pesquisadores, pois como dizia Thomé é ver para crer. Acreditamos pela fé e pelos ensinamentos repassados por nossos antepassados, visto que Jesus não criou e nem fundou nenhuma religião e sim seguidores. Os seguidores do caminho que depois foram chamados de cristãos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
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